Ano de 1983, comprei um pequeno restaurante na Avenida Bernardo Guimarães, perto do colégio Roma. Com o tempo, fui me acostumando com o novo serviço, e fazendo amizades com professores do colégio, alunos e muitos fregueses ali da savassi. Por mais que eu trabalhava, não conseguia ter o sucesso de meu vizinho ZUZU, que possuía uma pequena lanchonete, sem clientes, pois era muito mal trabalhada, e com uma falta de higiene, que dava gosto. Mas o proprietário, do qual vim a ficar amigo, apresentava um progresso financeiro invejável,com tão pouco tempo no comercio,comprou carro novo, um apartamento, e ate estava ensaiando comprar um caminhão para transporte de cargas, pois, sua verdadeira profissão, era caminhoneiro. Toda noite, após fechar seu comercio,vinha pro meu, tomar umas cervejas, e com isto, descobri sua verdadeira fonte de renda. Era macumbeiro de araque, más só prestava serviços pra mulheres ricas, e inocentes no assunto, “Macumba” Sua especialidade, era separar casais mal casados, e juntar amantes apaixonados. Coincidentemente, eu tinha um garçom (que Deus o tenha) de nome Kadu, que namorava uma senhora rica, casada com um alto funcionário publico federal (presidente de autarquia) que se enquadrava perfeitamente para os trabalhos do Zuzu, pois a mulher queria separar-se marido, velho e rico, e ficar com o Kadu, novo e pobre e ainda viciado
quinta-feira, 2 de julho de 2009
ZUZU, O MACUMBEIRO DE ARAQUE.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
DOMADOR PREOCUPADO COM O DEFEITO DA MULA
Quando morávamos na fazenda, em alegria, minhas irmãs, eram quase todas solteiras, e ainda tinha as professoras, e as moças, que meu pai criava como filhas. Assim, era um prato cheio para a rapaziada de a região freqüentar nossa fazenda todos os domingos e feriados, na procura de uma delas para namorar. Apareciam muitos candidatos pra elas, mas havia um que era o mais insistente. Chamava se, Jose Marques (filho de João marques Lelé), alem de ser um bom moço, era também um exímio tocador de concertina, um tipo de sanfona diferente das normais na região. Mal amanhecia o dia aos domingos,e não demorava,estava chegando o Zé Marques e sua concertina. Ele era muito educado, muito simpático, tinha um sorriso largo, onde mostrava a sua boca rica, pois possuía varias coroas de ouro nos dentes, aquilo, era moda naquela época. Tomava café,almoçava,tocava sua sanfona, e somente ia embora à noitinha. Ele sempre que aparecia, vinha em cavalos bonitos, bem tratados, e se dizia peão amansador de animais, pois toda vez que alguém lhe perguntava se o animal era dele, ele respondia, que não, que estava era amansando para outra pessoa. Ser peão naqueles tempos era chique, dava a entender que era pessoa de coragem. Más, ele era doido para namorar, era com a minha irmã Geni, que tinha vários pretendentes, entre esses, um primo nosso chamado Artur Agostinho, que não agradava das visitas constantes do Zé Marques, pois na verdade o Zé era mais simpático do que ele, e ainda tocava sanfona para agradar as moças. Artur, e seus amigos, que eram doidos para arranjar um jeito de boicotar o Zé Marques, descobriram que ele estava amansando uma mula, que tinha um defeito terrível,quando o cavaleiro que montava nela ia saindo,tão logo batia as esporas no seu ventre, ela dava uns pulos e peidava e defecava pra todo lado. Não tinha jeito,toda vez que o cavaleiro montava,acontecia àquela tragédia. Aquela era a chance que o Artur e sua turma, esperavam, pois, pensavam,quando o Zé chegasse à fazenda para visitar as meninas,na hora da despedida ia ser aquele show dado pela mula, e como o Zé era muito ignorante, iria ficar sem jeito, e sumir La da fazenda, deixando o campo limpo para eles. Deu mais ou menos certo, pois o coitado do Zé,quando estava chegando à nossa fazenda,prevendo o risco que iria correr com a mula, resolveu deixá-la amarrada em uma cerca bem distante da fazenda, más para seu azar, minhas irmãs, não estavam em casa, naquele dia, e ele, resolveu ir embora mais cedo. Quando estava montando na mula para sair, viu minhas irmãs chegando, de volta de uma visita a casa de nossa avó. Elas, o vendo montado na mula, pediram pra ele, acabar de chegar a nossa casa, e amarrar o animal no lugar de sempre. Ele que já estava a cavalo, e muito preocupado, lembrando o que poderia acontecer, falou; desculpem, não vou não. Uma das minhas irmãs lhe disse, vamos sim Zé, você conversa um pouco com a geni e depois vai embora ta certo?Ele, muito tenso, respondeu: OBRIGADO, NÃO TEM JEITO, EU JA SEI QUE ELA VAI SAIR PULANDO,PEIDANDO E CAGANDO ,VOU EMBORA DAQUI MESMO. Minhas queridas irmãs, saíram sem entender nada, más rindo muito, motivo que acabou de despachar para sempre o Zé Marques.Moral da estória. Desta vez a praga do urubu magro pegou no cavalo gordo