sábado, 30 de maio de 2009

VOCE NÃO TEM APELIDO NÃO?

Nosso saudoso pai, apesar de nunca ter freqüentado uma escola, foi sempre muito preocupado com a educação dos seus filhos. Como morávamos na roça e em  lugar sem  acesso de estrada de rodagem,era muito difícil naquela época arranjar professores para ensinar pois nossa fazenda,ficava muito distante da cidade,e também não existiam profissionais disponíveis. Então ele providenciou um professor meia boca, que era seu parente  que sabia  ler  e escrever  razoavelmente,mas tinha muito pouco conhecimento da língua portuguesa. Era o senhor Pedro Olimpio, que foi morar em nossa casa, para ser o professor de todos la na fazenda.E toda noite la estava o professor ensinando o beaba aos alunos.Como nossa fazenda pertencia ao município de simonésia  mg,meu pai foi ao prefeito e solicitou o registro da escola.Então o prefeito Sr Antonio de carvalho,que era amigo de meu pai, que era seu  eleitor o atendeu prontamente, mandando inclusive um inspetor para verificar as condições da escola.Quando o inspetor chegou,ele também tinha pouca leitura,mas era parente do prefeito, e após almoçar e conhecer as instalações,os alunos,o dito inspetor pediu ao nosso querido professor Pedro Olimpio que fizesse uma relação de todos os alunos e alunas que iriam freqüentar a escola,para que a prefeitura mandasse os livros e cadernos para os mesmos.Foi ai que a coisa ficou engraçada.O professor começou a perguntar o nome de cada menino e meninas e foi anotando tudo num caderno:.Como você chama?.respondia um aluno,Jose, e voce? antonio,e você,? Zé totó, Antonio Simeão, Alcenir,  Gustavo, Edson,Maria, João, Jessoy, Rita,Ana,Geralda,Geny,Maria Santa e assim foi anotando o nome de todos,até que no ultimo aluno  ficou evidente  a falta de preparo do nosso querido professor,quando perguntou a um aluno como se chamava, o rapaz respondeu WASINGTHON,ai o professor meio enrolado tornou a perguntar como é mesmo?,O aluno  confirmou WASINGTHON (UOCHITON)e o  professor, meio sem jeito falou baixinho, ô rapaz!, você não tem apelido não? Porque aquele nome, ele não sabia escrever.  O certo é que apesar de toda essas dificuldades engraçadas da época, nosso querido pai conseguiu nos dar boa instrução, mudando  com toda família para a cidade de Manhuaçu.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

PAGO COM O QUE TENHO NA FRENTE


 

 

Minha prima Titã (Djanira) é uma pessoa muito boa e foi casada durante muitos anos com o nosso amigo João Ludujero (João dogé),que já faleceu.Tiveram uma vida em comum de muitas lutas e dificuldades,más estavam sempre alegres e unidos.Tita, tem o hábito de falar muito,e tudo o que fala é muito bem explicado, pois faz questão de mencionar os mínimos detalhes de sua conversa,o que chega até e ser meio cansativo para quem a escuta.Eles moraram em uma propriedade minha durante uns 3 anos,e certa noite (eu sempre que podia ir dormir lá na casa em que eles moravam)cheguei quase 11 horas da noite,más eles estavam me esperando com um frango frito,prato que eu gosto muito.Más,notei que minha amiga Titã estava muito preocupada,e não demorou muito, ela me chamou num canto disse:Tuly, eu preciso que você chame a atenção do Doge,pois no meio destes apanhadores de café que chegaram nesta semana,veio uma negrinha muito assanhada e muito é uma biscate de primeira,e o Doge não sai de perto dela,até a noite ele sai pra encontrar com ela.Ele é meu marido e  esta muito diferente,e se eu descobrir alguma coisa entre os dois,eu corto e pescoço dele com um machado,quando ele estiver dormindo.Procurei o meu amigo Doge,e o falei da situação pra Ele,pedindo pra parar com a paquera,porque não iria dar certo,pois ele conhecia bem a mulher que tinha e das coisas que ela era capaz de fazer quando estava nervosa.Não foi a minha surpresa,quando Ele me respondeu.Não paro de jeito nenhum,pois imagina você,que pode ser a meia noite nesta escuridão daqui,quando eu agarro Ela no meio desta lavoura,eu vejo o sol brilhar igual uma luz e é Ela que esta me trazendo essa felicidade,morro,mas não largo dela.A solução que achei,foi levar a Neguinha pra sua casa,e pedir ao encarregado não  trazê-la mais na outra semana.Resolvida a questão,chamei minha amiga Titã e a convidei para irmos passear lá na fazenda de meu pai,que era pertinho.E ela foi falando que era  uma beleza,ficou satisfeita com a solução do problema do marido.No meio da estrada,morava um amigo nosso chamado  Matuzalem, apelidado de Zalém,que estava ordenhando uma vaquinha, perto de uma cerca na beira da estrada,e quando íamos passando, a Titã, pediu-me, pare um pouquinho que quero resolver um negocio que devo ao Zalem.Eu parei o carro e fui junto pra saudar o meu vizinho,Ele continuou de cócoras tirando o leite,quando a Titã,com um pano amarrado na cabeça,um vestido meio sujo e esquisito,descalça,disse-lhe: Zalem eu estou te devendo há bastante tempo e não arrumei o dinheiro ainda pra te pagar, como eu tenho lá em casa uma leitoa bem gorda,eu quero te vender ela pra acerta minha conta,porque você sabe, a gente não tendo o dinheiro,A GENTE PAGA COM O QUE TEM NA FRENTE,não é mesmo?O Zalem abaixado,tirando o leite,a Titã em pé de frente pra ele,propondo pagar com o que tinha na frente,Ele que era o gozador de primeira,olhou pro meu lado  e olhando no rumo das coxas da TITA, disse sorrindo:COM O QUE VOCE TEM NA FRENTE EU NÃO VOU RECEBER NÃO,más vou em sua casa amanhã resolver o nosso negócio.Meu amigo Zalém enjeitou uma proposta e tanto de nossa amiga Tita, não é verdade?..........................

quinta-feira, 28 de maio de 2009

TEM QUE DAR O "REDONDO" E NÃO PODE GRITAR.....

CEm 1960 ,iniciei minha dura carreira de bancário,aqui na nossa querida Manhuaçu. Após uns meses como contínuo, fui promovido a caixa,que por sinal era  um único caixa na agencia,pois o movimento naquela época era pequeno comparado   ao de hoje nos bancos.A agencia tinha 15 funcionários ,mas no contas correntes trabalha o saudoso Elias Temer neto.O gerente  senhor Farias,gente fina e o contador era o Sr Ary, rapaz de poucos amigos, e que não combinava com quase nenhum colega, pois era nervoso demais,más como era o contador da agencia era quem chefiava os funcionários.Nossa agencia só tinha dois telefones,um na gerencia e outro na contadoria. Sr. Farias era um cara liberal e o contador Ary era casca de ferida.Como o Sr FARIAS recebia ligações de clientes querendo saber o saldo em conta corrente por telefone, pedia ao Elias (O BAIXINHO) que ao invés de ir lá na gerencia levar o pedido por telefone, dava um grito dando o saldo.Más isso feria o sigilo bancário, pois todos os clientes que estivessem na agência ficariam sabendo o saldo em conta do cliente.Então como o Ary não falava com o sr FARIAS e era seu subordinado, chamou o  Elias e pediu-lhe que não gritasse mais o saldo de nenhum cliente, que o levasse a gerência quando solicitado pelo Sr FARIAS,o que o baixinho passou a fazer.Más seu FARIAS não gostou ,pois demorava para despachar o cliente.Não demorou Sr Giuseppe Espóstio ligou e queria saber o seu saldo com urgência,Sr FARIAS, gritou para o Elias,me fale o saldo do Giuseppe rápido, quando o Elias, coitado,acuado  com medo da represália do contador, disse,vou levar ai Sr Farias, porque  o Ary  não quer que eu grite, então me dá só o redondo pediu o Sr Farias, pois o cliente esta com pressa. Um dos clientes,JOSE TERRA,verdadeira mala,que estava no balcão, interveio e perguntou para o Elias,baixinho!.quanto você ganha pra trabalhar neste stress todo?.O Elias respondeu: Ganho um salário mínimo. Então o Zé Terra emendou.........VIDA DURA ESSA SUA HEIN BAIXINHO!,GANHA UM SALARIO MÍNIMO,O GERENTE QUER QUE VOCE DÊ O REDONDO, E AINDA NÃO PODE GRITAR..Foi  muito engraçado, o ELIAS respondeu: "to fóra"Zé Terra.

 

 

quarta-feira, 27 de maio de 2009

SARNA BUBONICA - ESSA ERA BRABA

Eu e toda minha família, fomos criados na roça, melhor dizendo naAlegria.Em nossa fazenda lá pelos anos de 1940/50,existiam muitastropas,e carros de bois, para fazer o transporte do café e cereais que eram vendidos na cidade de Manhuaçu, mg. Por isto, muitos tropeiros ,e carreiros,trabalhavam com o meu saudoso  pai,que alem de fazendeiro,praticava uma medicina alternativa com homeopatia,e que curava a todos que o procurava em busca de medicamentos, para várias doenças.Naquela época apareceu uma sarna muito” braba” na região,que se não me engano,ficou conhecida como” sarna bubônica”,más o nome não importa,más sim, o que aconteceu por causa dessa sarna, com uma senhora que tinha uma propriedade vizinha a nossa,chamada de Maria do tanque, que por ser viúva,era paquerada pelos tropeiros e carreiros lá de nossa fazenda.Más a peonada não tava nem ai para a tal de sarna,todo mundo andava coçando que era uma beleza,pois não tinha remédio que dava jeito naquela danada de sarna,más andavam sempre procurando dona MARIA  para uns apertos,mesmo sabendo que ela tinha a tal  da sarna braba.Certa manhã, meu pai, indo ao curral,não encontrou o leiteiro encarregado de tirar o leite das vacas.Então arreou um burro e saiu a procura do funcionário,para saber o que tinha acontecido,pois esse peão, tomava todas,e podia estar caído em algum lugar,ou então passando mal,pois não era responsável no trabalho.Assim saiu, e foi perguntando aos vizinhos se haviam visto o Gumercindo naquela manhã. Quando passou pelas terras de dona Maria do tanque, ainda muito cedo, ela estava na porta da sua casa,se coçando  toda ,passando uma bucha vegetal no corpo, e com os cabelos todos desalinhados sem pentear, roupa toda suja, meu pai lhe perguntou.!dona Maria,bom dia, por acaso, a senhora viu o gumercindo hoje?  E ela coçando na direção dos PEITOS disse: vi sim, ele tomou café com leite aqui de manhã,e mudando a mão coçando no rumo da vagina, continuou,ao meio dia ele vem almoçar aqui,e coçando a bunda arrematou! E a noite vai jantar aqui . Más na verdade, acho que foi o meu saudoso pai, aumentou essa estória, pois, Ele era muito engraçado,e gostava de contar "causos" para nós todas as noites em volta da fornalha,comendo uns biscoitinhos,com café e leite..

 

terça-feira, 26 de maio de 2009

DEVE TA LIGANDO É PRO CAPETA,POIS EU TÔ AQUI

Certa feita, eu, o Nilton meu sobrinho, e seu pai,  fomos visitar  em Ipanema mg, o sr João Elias,que era seu tio, e irmão se seu pai. Quando chegamos a casa do sr. João,fomos muito bem recebidos pelo anfitrião,que ficou muito alegre com nossa visita.Após as conversas inicias,o sr João, que falava muito fino,devido ao seu timbre de voz,falou com sua esposa que era pra fazer o almoço,e disse a ela, que iria pegar o frango,para ser feito com quiabo.no que nos propusemos a ajuda-lo.Ele agradeceu,dizendo-nos que tinha um cachorro,que era “crack”em pegar frangos,e que o mencionado cachorro pegaria o frango em segundos.Não foi isto que vimos,pois o cachorro que seria um crack,decepcionou o sr João,pois quando apareceu o frango que seria pego,o cachorro foi “estumado” na direção do mesmo,más o “CRACK”correu pro lado contrario do que estava o frango,e nós  que já tínhamos tomados umas pingas e outras, começamos a rir do acontecido, quando o sr |João meio tonto, e falando muito fino nos disse! ESSE PESTE, DEVE TA CORRENDO É ATRAZ DO CAPÊTA,POIS O FRANGO TÁ DE UM LADO,E ELE CORRENDO PRO OUTRO,!Como a gente tava com a maior fome, corremos atraz, e conseguimos pegar o frango que foi feito e ficou muito gostoso. Já na volta a noite, viemos tomando como sempre algumas pingas pelo caminho,e quando chegamos a na saída da cidade, havia uma linda menina de mini saia tentando ligar em um orelhão,o Nilton,que já havia tomado muitas pingas,e falando muito alto como sempre, saiu-se com essa,lembrando o caso do cachorro correndo ao contrario do  rumo do frango.ESSA GATA DEVE TA LIGANDO É PRO CAPETA,POIS EU ESTOU AQUI E NÃO TENHO TELEFONE! Não foi engraçado a sua comparação?..........

segunda-feira, 25 de maio de 2009

DETETIVE,MAS PRO SR BERTINHO ERA ZÉ TERTILE

Em 1976/80 em nossa fazenda em Alegria, havia muitas vacas leiteiras. Eu comprei uma caminhonete  nova e passei a fazer a LINHA DO LEITE de nossa fazenda e dos vizinhos para a fabrica da SPAM em Manhuaçu.Vinham diariamente, aproximadamente de 1000 a 2000 litros de leite na nossa linha,e sempre era preciso que viesse um ajudante com o motorista da caminhonete,que era o meu sobrinho ZEZINHO,para ir pegando os latões de leite pela estrada e ajudar a descarregar quando chegava na fabrica da SPAM.Tinha sempre um funcionário da fazenda querendo ir nas viagens,pois era sempre bom ir na cidade,como eles diziam,para ver as meninas.Havia na fazenda um amigo nosso que chamava-se JOSE FERNANDES ,mas era conhecido por todos pelo seu apelido de criança (ZE TERTILE) Comentavam seus amigos, que depois que o Zé Tertile foi para o estado de são paulo em busca de um trabalho melhor,andou fazendo das suas por lá,e segundo falavam voltou de são paulo meio corrido,e por isso seus amigos o chamavam também de marginal,mas tudo na brincadeira,pois ele nunca se importava com este  outro apelido,mas todos o conheciam mesmo era por ZE TERTILE. Havia também um senhor antigo nascido e criado la no córrego que se chamava Joaquim Berto,conhecido por bertinho,e que por ser aposentado gostava muito de jogar baralho,principalmente um jogo chamado marimbo.Seu bertinho era meio surdo e por isto quem falava com ele tinha que falar mais alto,pois ele sempre perguntava de novo o que não entendia na primeira conversa.Neste jogo de marimbo todos andavam passando o sr.bertinho para traz,pois ele já era bem velho,mas adorava jogar mesmo sabendo que era trapaciado de vez em quando.Mas com do Zé tertile ele não jogava e nem conversava, pois não gostava de gente que fazia coisas erradas,e segundo o que falavam o tal do zé tertile, não era gente boa de ser seu amigo e ele achava mesmo que  ele  era um marginal perigoso e não merecia nossa amizade.Nós quando estávamos na fazenda,toda manhã ficávamos brincando jogando sinuca,tomando umas e outras, em uma venda que possuíamos para fornecer aos funcionários o que eles precisassem como mantimentos, e etc.e o sr bertinho era presença certa toda manhâ e durante todo o dia.Numa manhã quando o carro do leite saia,como fazia todos os dias,o meu sobrinho ZEZINHO,me pediu que arranjasse um companheiro para ir com ele,pois o que havia combinado estava doente e não poderia ir naquele dia.Chamei o Zé tertile que se prontificou a ir na hora,quando o sr. Bertinho chegou ate e mim e disse – me:Você não pode mandar esse marginal não, pois ele não tem responsabilidade nenhuma e não merece credito nem pra uma caixa de “fosfo”e vai fazer coisa errada na estrada.Como chovia muito naquele dia,e houve um problema de morte na estrada,o nosso carro voltou com todo e leite azedado,pois havia estragado por ficar parado na estrada muito tempo.Quando meu sobrinho veio me explicar o motivo do prejuízo, falou-me que quando estava chegando na cidade havia tido um acidente e a estrada  ficou interrompida por mais de duas horas,e quando a trânsito foi liberado ele teve que levar um acidentado para o hospital de Manhuaçu,  quando eu lhe perguntei se não havia outros que pudessem levar o acidentado,pois ele estava com muito leite  no carro e poderia ter argumentado que o leite iria se estragar, como  realmente estragou,quando ele me respondeu que quem mandou ele levar acidentado ,  foi um detetive policial e que o doente estava muito mal e ele não teve como negar.Neste momento o senhor bertinho que sempre ficava ligado por perto querendo ouvir e dar palpite em tudo falou:EU TE AVISEI QUE NÃO MANDASSE O ZE TERTILE,ELE NÃO MANDA NADA NEM AQUI NA ROÇA,COMO PODE MANDAR ALGUEM LEVAR DOENTE PRO HOSPITAL?Zezinho lhe disse sorrindo, seu bertinho foi um DETETIVE que mandou, e  o seu bertinho  rebateu, ZE TERTILE e marginal, não merece atenção,você não tinha que atender sua ordem.É mais um prejuízo que ele deu pra vocês aqui na fazenda.Ele tem que voltar pra são Paulo urgente.GANHAMOS O DIA.confundir detetive com zé tertile e só pra surdo mesmo,não é?

 

EU, É QUE ESTAVA CERTO


 

 Em 1968  eu trabalhava em um banco  como gerente. Fui transferido de minha terra natal,para uma cidade maior ,e que possuía varias agencias bancarias, e a concorrência era muito grande.Como o banco me exigia aumentar o movimento da agencia,sob pena de perder a oportunidade se houvesse pouco progresso nos negócios do banco naquela cidade,passei a fazer um trabalho com todos os clientes e futuros clientes com potencial,para garantir meu cargo e emprego. Conheci uma pessoa influente na cidade,que possuía muitos amigos e tinha muita penetração em quase todos os setores comerciais,industriais,rurais,enfim era o BOM da cidade.Nossa parceria deu muito certo,tanto que o banco passou a me repassar quase toda verba de credito rural da região,pois a agencia apresentou um crescimento de 200% nos negócios em 6 meses apenas.O crédito rural era um empréstimo muito disputado naquele tempo ,pois possuía juros muito baixos,prazos dilatados (até 5 anos)e a fiscalização do banco central,que na época era chamado de SUMOC, era feita pelo próprio gerente da agencia.Meu amigo sabendo que eu tinha essa verba,me disse que alguns empresários da cidade estavam muito interessados em construir uma "FAZENDINHA"na periferia ,pois não existia  na cidade motéis ou alguma casa de tolerância onde eles pudessem fazer suas farras.E me disse que se eu emprestasse no credito rural com um prazo longo, o valor necessário para a construção da mencionada FAZENDINHA, eles ficariam muito agradecidos,e responsáveis pelo financiamento avalizando a cédula de credito rural.O emitente seria um pequeno proprietário que inclusive iria gerir o negócio,e arranjar tudo para o bom funcionamento da  casa .Topei fazer a operação ,os depósitos aumentaram muito,e a casa foi construída rapidamente e as meninas  encomendadas para a inauguração, que seria numa sexta feira.Más,o crescimento da agência,despertou o ciúme de meus colegas de outros bancos da praça,que procuraram o meu amigo para saber o que eu estava fazendo para arranjar tanto deposito para a pequena agencia,e ele,sem maldade,contou o que estava acontecendo,e possivelmente um dos meus concorrentes ligou pra SUMOC, e  certamente,fez uma denuncia,pois no dia da inauguração as 8 horas da manhã,quando eu chegava a agência para trabalhar,encontrei um senhor todo metido num terno preto,óculos escuros me esperando na porta da agencia,dizendo que fora enviado pela  SUMOC,para fiscalizar os meus empréstimos.Após algumas conversas, entramos na agência e coloquei todas as operações rurais efetuadas para sua fiscalização,quando para meu espanto,ele foi diretamente na operação da FAZENDINHA,e depois de alguns minutos examinando o empréstimo,me convidou para ir com Ele até o imóvel do  financiamento,para que ele fizesse o laudo solicitado por seus superiores. Eu não tive outra saída,me coloquei pronto e o convidei para irmos no meu carro.Quando começamos a sair na estrada rumo a tal fazendinha, eu nem sabia onde era o endereço correto, SR,Izaltino,esse era o nome da fera,começou a me falar com muita educação,que eu era muito corajoso em topar ir com ele ver o imóvel,pois como um sitio de apenas dois alqueires de terras,poderia suportar 50 GARROTAS de 2 anos cada,e como foi que eu deferi aquele empréstimo sem nenhuma base legal dentro do credito rural.Tentando uma saída ,argumentei que fiz o financiamento baseado nos avalistas,que eram pessoas poderosas na cidade,e que a operação era garantida e não traria nenhum prejuízo ao  Banco.Não colou,e o velho mostrando-se nervoso, pediu-me para continuar em direção ao terreno,pois queria ver as mencionadas GARROTAS,que só caberiam no terreno se estivessem confinadas.Foi um desastre,pois quando chegamos,a mulherada que havia chegado um dia antes,e feito uma festa particular de confraternização entre elas e alguns clientes,todos estavam ainda meio bêbados, som ligado muito alto, algumas de roupas intimas,algumas dentro da piscina,outras deitadas tomando sol e uns clientes bebendo ainda a aquelas horas.O Inspetor quase deu um treco ou pelo menos fingiu,pois ficou muito" brabo"me dizendo  que não acreditava no que estava vendo,que certamente eu iria perder meu cargo no banco,pois aquilo era coisa muito grave e ele tinha que relatar para em sua ata de fiscalização.Fiquei calado pois não tinha mais argumento pra falar com o sr.IZALTINO.De repente ele com a cédula rural na mão me chamou para debaixo de uma mangueira num canto, e me disse sorrindo,SR.GETULIO,me desculpe, o senhor esta com toda a razão, fez a operação corretamente, eu é que estou errado, pois o senhor financiou foi realmente 50 GARÔTAS, e não 50 GARROTAS como eu estava supondo,e me mostrando e cédula rural,vi,que por um erro do funcionário do banco que datilografou o contrato, estava escrito 50 garotas e não 50 GARROTAS como seria o correto.Comecei a rir e ele também, me abraçou e mandou que eu o levasse lá dentro da boate, pois ele iria conhecer o lugar naquela noite pernoitar lá, e depois conversaríamos.Sem entender nada,voltei imediatamente para a cidade para trabalhar,deixando o HOMÃO lá na BOATE. Informei aos meus amigos o acontecido, que foram prevenidos para a inauguração da noite já sabendo do acontecido.  Segunda feira o sr.inspetor chegou alegre,muito amigável, junto com alguns do meus clientes inclusive o prefeito da cidade que era uma “mala”,dizendo que estava tudo em cima.e que eu não sofreria nenhuma sanção por parte dele,e que inclusive iria me mostrar o movimento dos outros bancos da cidade,o que fez realmente.Ficamos grandes amigos e quando fui transferido para juiz de fora,onde ele residia, foi me visitar,me ajudou muito na captação de novos clientes naquela cidade.Sr Izaltino já faleceu, más eu continuo amigo da família dele e de seus filhos.



domingo, 24 de maio de 2009

TIO ANTONIO -GUSTIM.


 

 

Tio Antonio “gustim”como era conhecido,era tio de meu pai,mas tinham a mesma idade,e foram criados praticamente juntos e acho que foi o maior amigo de meu pai.Era um homem sério,honesto e muito trabalhador,pois era um carreiro de primeira com os seus bois sempre iguais e de preferência mais pequenos dos que os bois de carro normais,pois achava que sendo menores tinham mais força na hora do serviço,que era sempre pesado Aliás gostava de tudo pequeno ate suas casas seus carros de bois eram assim.Segundo os parentes mais velhos,tio Antonio quando mais novo era um homem perigoso e muito temido na região,pois não tinha medo de nada.Não sei se era verdade ou não,pois eu nunca procurei saber.Diziam que certa vez colocou o nome de PARANÁ em todos os seus bois de carro,pois assim,quando gritasse “vamos paraná”todos os bois entendiam  pois tinha o mesmo nome, e puxavam de uma vez.Não sei se era verdade,más que é engraçado é.Sempre fui muito amigo de seus filhos,pois morávamos quando pequenos em propriedades próxima,e depois continuamos sempre  com nossa amizade de infância.Más do tio Antonio eu só vim a ficar mais próximo,no ano de 1979/80 quando comprei um sitio de seu filho Artur,perto de simonésia mg,pois tio Antonio morava naquela cidade e sua casa era muito perto,quase dentro do meu sitio.E nos estávamos sempre nos encontrando,quase que diariamente.Como ficou viúvo já velho,apesar de ter sido um homem muito forte,pois com mais de 80 anos de idade,tinha todos seus dentes naturais e ótimo estado de conservação,parecia ate dentadura postiça,para quem não o conhecia bem.Se gabava como meu pai também fazia,de estar mais novo e forte do que nos que éramos mais jovens e que não tinha inveja de nada que nos fazíamos,pois ele fazia também.Eu acreditava para não ser desrespeitoso com ele,más não acreditava no seu papo.Ate,que um dia ele me contou que havia arrumado uma menina de 20 anos e que estava morando com ela e que sua vida estava uma maravilha,pois estava muito feliz com este casamento,e ate me convidou para ir a sua casa conhecer a tal da menina.Num fim de semana quando fui para meu sitio,o encontrei na estrada carregando nas costas, um enorme pau de lenha,que devia pesar mais de 50 kilos,parei minha caminhonete,e depois de lhe cumprimentar,ofereci para levar ele e o pau de lenha em sua casa,e que aproveitaria para conhecer a sua querida “menina”e assim aconteceu.Quando chegamos não vi ninguém na casa,até que ele a chamou e disse lhe que eu era seu sobrinho e que fui conhece-la e tomar um café.Ela demorou a aparecer.mesmo assim,veio se  escondendo atrás do portal da porta da cozinha,e muito sem jeito e aparentando  estar com vergonha de aparecer.Mas apareceu e tomei o café e quando fui saindo,tio Antonio veio me acompanhando e fez a seguinte pergunta:O que você achou meu sobrinho,da minha mulher?Eu que já tinha muita liberdade com ele,falei:Muito bonita,apenas notei que ela esta muito magrinha,é caolha (extrabica)e tem um pé meio torto,não é? Quando ele emendou sem esperar mais nada”.ELA TEM ESTES DEFEITINHOS MESMO, MÁS O RESTO TA BÃO DEMAIS”CÊ PRECISA VER. Esta  é a lembrança boa que guardo deste tio,que era violeiro dos bons e que gostava muito de uma FULIA, nas semanas santas.

sábado, 23 de maio de 2009

DESTA IDADE E NÃO SABE NADAR?

Sempre que eu viajava, procurava levar meus pais, principalmente, porque era uma companhia sempre agradável, não só por suas presenças, mas também pelo bom astral, e os “causos” do meu pai que eu apreciava muito. No verão de 1976 levei minha família para Guarapari e meus queridos pais, também foram.Deu muito certo,  minha querida irmã Nila e o seu esposo Cláudio,também foram e levaram  os filhos,e seus avós, Chico Prata e dona Ritinha.Nossos filhos estavam em idades mais ou menos iguais aos de nila e claudio,acredito que aproveitaram muito aquele verão.Meus Pais nunca tinham ido a uma praia,e tampouco os avós do Cláudio.Más meu Pai,ficou muito alegre, com aquele passeio,principalmente pela mulherada, que viu de biquíni,na praia  .Levei meu pai para dentro do mar,más ele ficou relutante,pois estava com medo das ondas da praia do morro que realmente estavam altas naquele dia,más consegui entrar com ele nas margens,e ele voltou satisfeito em ter se molhado nas águas salgadas .Meu pai não sabia nadar, pois nunca teve oportunidade para aprender, mas não contava isto pra ninguém , ao contrario,se dizia exímio nadador. Teve um momento, que, convidou o avô do Cláudio, Sr. CHICO PRATA,para entrarem na água, quando o sr CHICO,lhe disse,não Sebastião, obrigado,eu não sei nadar e tenho muito medo de me afogar.Como havia muitos netos e pessoas por perto meu pai,como sempre, aproveitando a deixa, lhe disse.! Ô CHICO! QUE É ISTO! VOCE DESTA IDADE, NÃO SABE NADAR? VOU, EU TE ENSINO, POIS SEI NADAR DE TUDO QUANTO É JEITO, E VOCE INDO COMIGO, NÃO CORRERÁ NENHUM RISCO. Como o Sr.Chico continuou se negando a ir,meu pai,ainda tentou lhe dar a mão para leva-lo,sabendo, que não iria dar vexame,pois o sr. Chico não iria de modo algum .Eu, que estava por perto, pensei, isto é briga de cachorro grande...........

Café com Leite

CAFÉ COM LEITE “GELAAAAAADO”

De 1975 a 1979 eu era vendedor autorizado pelo Banco do Brasil agencia de Manhuaçu, de vacas leiteiras aos mutuários da carteira de  crédito rural daquele Banco,que conseguiam credito aprovado.

E,pela amizade e seriedade que dava ao negócio.angariei uma confiança tão grande entre os compradores,que muitos me procuravam em minha residência na cidade,e faziam as compras das vacas,somente pelas minhas informações sobre as mesmas,e de acordo com o credito conseguido.E entre vários clientes,havia um que era meu amigo particular e estava sempre conseguindo financiamento junto ao banco para aumentar o seu rebanho leiteiro, seu nome era  JOSE MAXIMIANO DE FREITAS, más conhecido por todos por ZÉ MARAMBAIA, era de família muito conhecida na região de Santana de Manhuaçu.Normalmente  me comprava umas dez ou mais vacas quase todo mês,pois aplicava toda renda que recebia de sua entrega de leite na aquisição dos animais.Eu,como sempre,só vendia vacas de qualidade comprovada na produção de leite,e com ele, eu caprichava ainda mais,mandava sempre as melhores vacas que possuía, pois ele era o meu melhor cliente.Certa dia, o encontrei  no centro da cidade,quando me solicitou  que lhe enviasse 15 vacas,pois havia conseguido mais um credito naquele dia no Banco,e que mandaria seu leiteiro,no fim de semana buscar as vacas lá em nossa fazenda.Como sempre eu fazia,na sexta feira fui pra fazenda e mandei separar as mencionadas vacas,pois sabia que o rapaz encarregado de busca-las iria chegar de madrugada,para não correr risco de ser pego pelos fiscais do estado que não davam folgas aos pobres dos produtores de leite,sempre estavam em cima,querendo as guias com o pagamento dos impostos que eram muitos altos naquela época. Nós também entregávamos leite, e as ordenhas começavam sempre às 5 horas da manhã, e como tínhamos uma venda lá no local, quase todos os nossos colonos e outras pessoas apareciam para tomar, CAFÉ COM LEITE,com broa de fubá que era vendido a todos,pelo meu sobrinho Nilton,que era o dono de venda.Más o café com leite era tão QUENTE,que ele teve que até comprar umas xícaras com as asas mais longas,para que a pessoa que fosse tomar o mesmo,não queimasse os dedos.A tampa da chaleira até tremia de tão quente que o leite ficava.A venda estava cheia de gente,quando chegou a portador do ZÉ MARAMBAIA,com um bilhete pedindo a entrega das vacas compradas por ele.Más,o Nilton vendo que o rapaz estava todo molhado pelo orvalho da madrugada,e tremendo de frio,ofereceu-lhe uma xícara de café com leite e uma broa,más em tom de brincadeira falou!... Cuidado hein rapaz, pois este leite esta  frio, ele, era muito simples, e não conhecia ninguém ali, e sem nenhuma  maldade,tomou um gole grande do café com leite,julgando que o mesmo estivesse mesmo frio como o Nilton falou.Nesse momento,com o leite pelando na boca,o coitado da rapaz,ficou desesperado,não engoliu, e nem jogou fora o leite,e ficou com os olhos muito arregalados

, saindo lágrimas,rodando o leite na boca,quando apesar de muitos dos que estavam presentes,pedir pra ele jogar  fora,ele engoliu o leite,e ficou  mastigando  e fazendo caretas, depois cuspiu no chão da venda uma bolinha meio branca,quando então o Tacilão,de gaiato lhe perguntou! Ô, RAPAZ, VOCE NÃO GOSTA DA NATA DO LEITE? E o coitado abaixado com a mão no peito respondeu! ISTO NÃO É NATA NÃO MOÇO,ISTO É,A PELE DO  CÉU DA MINHA BOCA !.Foi uma gozação danada, apesar do sofrimento do rapaz, que teve de ser medicado com urgência. E nem pode levar as vacas, tivemos que mandar outra pessoa leva-las ao meu amigo MARAMBAIA.