quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ADELINO, O COMEDOR DE TORRESMO

VOCE ME CHAMOU FOI PRA COMER TORRESMO, NÃO FOI?

Num dia de sábado, lá na fazenda, a turma estava capinando perto do curral, e todos se encontravam muito alegres, pois estavam tomando umas pingas, pois era dia de mutirão. Eu estava sentado sobre uma régua do curral os ouvindoeles contarem casos e cantarem seus versos, que por sinal eram muito engraçados. Não demorou, chegou a Adelino Imidio, que chegou meio atrasado, e veio como sempre com sua inseparável camisa verde, pois era a que ele tinha de melhor para sair de casa. Meu cunhado Totoim brasilino, que era muito seu amigo, foi logo falando brincando com ele: Oi compadre, você deve ter muitas camisas verdes dessa, porque todo lugar que você vai você vai com uma verde, o Adelino muito engraçado, foi logo respondendo, primeiro traga os torresmos que você me convidou pra comer, pois vou tomar uma pinga agora, e depois quero almoçar, pois eu vim com o estomago vazio pra comer muito, e quanto à camisa, crioulo como eu, gosta muito de cores verdes, por isso comprei uma porção dessas camisas verdes. Passado as brincadeiras, minha irmã fizinha mandou avisar que o almoço estava pronto e iria mandar trazer para onde eles estavam trabalhando. Chegado a tabuleiro com o almoço, a Adelino foi a primeiro e se servir, e sem nenhum desconfio metro, colocou quase a metade dos torresmos que vieram para a refeição de todos, em seu prato, e começou a comer fazendo um barulho enorme com a mastigação dos mesmos. Meu cunhado Totoim vendo aquela situação, conversou no ouvido do Adelino: Compadre você não tem mesmo educação, não é? Não vê que estes torresmos são pra todo mundo comer?E o Adelino sem mais, nem menos retrucou.! UAI, VOCE NÃO ME CHAMOU PRA COMER TORESMO? E É O QUE ESTOU FAZENDO. TÕ ERRADO OU TÕ CERTO?Meu cunhado teve que ir buscar mais torresmo para completar o almoço dos outros amigos, que assistiam a tudo rindo muito do nosso amigo Adelino, comendo seus torresmos.

A BENÇÃO PADRIM


Em 1988, morando em belo horizonte, onde possuía um supermercado, fui surpreendido certa manhã, com a visita de um rapaz de mais ou menos 18/20 anos, que foi chegando e me tomando a “bênção” se dizendo meu afilhado de batizado. Como já perdi a contas de quantos afilhados tenho, pois fui padrinho de muitas crianças em seus batizados, fiquei sem saber quem era aquele novo afilhado, que chegou sem dizer o nome e de onde vinha. Más, constrangido de não o reconhecer, resolvi tentar uma formula que me ajudasse, a identificar o rapaz sem lhe pedir o nome. Chamei o meu saudoso amigo Alaor, (o careca) que estava logo a nossa frente, e lhe perguntei: Careca, se você adivinhar quem é este moço vou lhe dar um litro de Wiyske que você poderá escolher, pois estava junto comigo quando eu o batizei. Com a vontade que o alaor estava de ganhar aquela bebida, pois gostava demais de beber, Ele começou a conversar e quase estraga meus planos, para saber quem era o rapaz, sem lhe perguntar o nome:.Ele disse,eu nunca vi você batizar nenhuma criança, como posso saber?Então me antecipei e falei o seguinte: Venha cá meu afilhado, conta pra ele quem é você e quem são seus pais, pois ele não esta se lembrando mesmo, e nem da festa de seu batizado, que foi ótima, não vai mesmo ganhar o presente. Foi ai que o rapaz inocentemente falou: Ô meu senhor, eu sou o LAMARTINE, filho do

Chico Basílio, e dona Marieta, lá de Vieiras MG, criados lá na fazenda em Alegria do pai do meu padrinho Getulio. Pronto foi a dica que eu estava precisando, para descobrir o nome e quem era este novo afilhado, que apareceu depois de quase 20 anos depois do seu batizado. Lembrei perfeitamente, que o batizei em uma capela lá de Muriaé MG,em 1968,onde eu estava residindo naquela época. Depois fui transferido para o norte do Brasil, onde morei vários anos, e não tinha mesmo jeito de me lembrar do afilhado LAMARTINE. Más foi bem engraçado o acontecido

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

TENHO 99 E NÃO ME IMPORTO DE INTEIRAR CEM.


Em 1948 mais ou menos, num domingo cedo, chegou a nossa fazenda um homem bem aparecido, boa altura, corpo esbelto, chapéu de lebre na cabeça, camisa listrada e calça de brim caqui, procurando por meu pai, querendo emprego. Como meu pai não se encontrava, ele logo procurou se entrosar com os peões que estavam no terreiro da fazenda, esperando o almoço e preparando-se para montar um potro novo, que deveria ser amansado para cela. Muito falante o visitante foi logo se gabando de ser um peão de fato, fazia de tudo, amansava animais, carreiro dos bons, leiteiro de primeira, e, sobretudo, homem destemido, pois como era um homem do mundo, já enfrentado muitas paradas na vida, e que tinha muitas coisas para pagar no inferno quando morrer, pois sua vida era de perigo constante, pois nunca foi homem de levar ofensa pra casa, resolvia tudo na hora, e modéstia parte sempre ele era o vencedor, por isso já carregava o nome de Perigoso. Os peões logo notaram que ele não conhecia bem a região, pois se conhecesse, não estaria contando aquele papo todo, pois logo iria se estrepar. Acharam que era mais um papudo dos muitos que já haviam passado pela nossa fazenda, e não se deram bem. O almoço ficou pronto, e logo que convidado, Perigoso. não se fez de rogado foi logo entrando pra cozinha e enchendo um prato de fazer inveja, pois o cozinheiro sô. Batista havia feito um cozido com muitos legumes e torresmos e verduras que era muito gostoso, e como foi feito pra muitas pessoas o visitante, que aparentava muita fome, comeu igual a um padre como se dizia antigamente, e ainda tomou umas três pingas, para abrir o apetite. Apos almoçar procurou o primeiro banco que achou e deitou e logo começou a roncar e dormiu por quase uma hora, quando foi acordado por um dos peões,o chamando para montar o potro, já que se dizia eximiu peão. Não deu outra, montou e caiu no primeiro tombo, e foi logo se desculpando, que havia comido muito e estava com medo de insistir, pois estava com o estomago muito cheio. Ficou por isso mesmo, e logo o Sr. Olendino montou o cavalo e começou a amansação do mesmo, que nem deu muito trabalho na primeira vez. Meu saudoso Pai chegou e aceitou dar emprego para o Perigoso, pois pelo menos aparentava ter muita saúde e disposição, principalmente para comer. Más o Perigoso, não sabia era nada de fazenda, pois tudo que era incumbido de fazer se saia muito mal e atrapalhado, só era bom mesmo era no garfo, ali era imbatível. Os peões começaram a fazer chacota dele, e ele muito conversado e desinibido,retrucava,dizendo que eles fossem com calma com ele, pois quem tinha 99 não se importava hora nenhuma de inteirar cem. Aquele tipo de conversa dita pelo moço se espalhou e todos ficaram meio desconfiados do novo peão, pois interpretavam como uma ameaça. Pois entendiam que quem tinha noventa e nove mortes, não se importava de matar mais um, e inteirar cem. A fama do rapaz logo se espalhou,e ele muito sabido,começou a tirar proveito daquilo,e onde tinha uma festa,ele logo aparecia, e sem a menor cerimônia,comia e dançava com as moças e mulheres mais bonitas da festa,sempre dizendo,que não tinha medo de ninguém,pois quem tinha 99 não se importava de inteirar cem.Sua fama não durou muito,pois a mentira tem pernas curtas .Havia um peão na fazenda de nome Edson,muito querido de todos,muito reservado, que não tinha medo nem receio de nada,era um terror se ficasse irado,más ,não mexia com ninguém,e respeitava a todos.Num final de semana, houve um pagode na fazenda de um vizinho nosso de nome Belonato,que tinha umas filhas bonitas,e uma delas era namorada do Edson.Não demorou muito o Perigoso que estava sempre presente,tomar umas cachaças e começar a querer aparecer,apesar de avisado para não mexer na caixa de marimbondos que era pedir pra dançar com a namorada do Edson.Ele que já estava meio tonto,nem se preocupou com os avisos,na primeira oportunidade,se aproximou da moça e pediu para dançar com ela,foi a gota d’água,Edson que estava chegando, foi logo dizendo que sua namorada só poderia dançar com ele,e que era pro Perigoso desculpar,más não ia permitir aquela dança.O dia do perigoso era aquele,não se conteve com e pedido de desculpa,e puxando a moça pelo braço foi logo dizendo,venha meu bem,comigo você não corre risco,pois já tenho 99 e hoje acho que vou inteirar as cem,não teve tempo nem de terminar o papo,tomou um soco no rosto e uns 30 chutes e foi arrastado pela camisa ate o parapeito da fazenda e arremessado ao chão, a uns dois metros de altura,e tão logo caiu,saiu correndo todo sujo e arranhado, falando bem alto,agora inteirou as cem coças (surras), fiquem com Deus, que vou baixar noutro centro.Nunca mais tivemos notícias do “Perigoso.”que já deve a esta altura ,se continuado papudo como era ter inteirado é mais de 200, (surras) não acham?.....

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

FAZENDA ASSOMBRADA

Em alegria tinha uma fazenda que foi do Sr João Paulino por muitos anos, tendo ele criado toda sua grande família naquele lugar. Más a fazenda estava à venda pelos herdeiros, depois da morte do velho, más não encontrava compradores na região, porque tinha a fama de ser mal assombrada, devido as almas das pessoas que foram assassinadas lá,segundo a lenda, pelo Sr João Paulino,e os corpos escondidos enterrados na propriedade, e que permaneceram por lá há muitos anos,infernizando quem pernoitasse na casa da fazenda.Como a propriedade era boa e bem situada,apareceu um comprador de caratinga Sr Guilherme Simini,que mesmo sabendo dos boatos,disse não se impressionar com assombrações, pois sabia perfeitamente que elas não existiam,e era pura crença de algumas pessoas.Pois não demorou nem um mês, após tentar dormir na casa da propriedade algumas vezes,o Sr Simini mudou o modo de pensar e estava apavorado com as coisas que aconteciam a noite naquela fazenda.Como era meu amigo,me telefonou oferecendo a dita propriedade por um preço bem abaixo do que ele havia pago,e com um prazo de pagamento bem espaçado. Aceitei a oferta, e comprei a fazenda assombrada. Na primeira semana, mandei o meu sobrinho Joãozinho mudar pra tal fazenda, más no outro dia, ele já estava de volta dizendo que não dava para morar lá, porque a noite tinha uma bagunça danada na casa, e a gente não via nada, más o barulho era infernal, que ninguém conseguia dormir. Não acreditando muito na estória, mandei um colono nosso de nome Manoel Beraldo, que se dizia macumbeiro, e que iria lá resolver o problema rapidinho. Que nada, o moço voltou apavorado, dizendo que apesar da casa não possui luz elétrica, ficava as claras na metade da casa e o resto escuro, e o som de panelas e casca de bananas, sendo jogadas nas paredes era terrível. Fiquei meio cabreiro, e resolvi ir pessoalmente junto com outro sobrinho meu o Edson, verificar em loco o problema. Vocês podem não acreditar, mas quando adentrei a casa com uma lanterna bem grande acesa, pois era noite, ouvi uma voz muito tremula em um quartinho na entrada da casa, que me disse: Volte só, que eu preciso de sua ajuda, para me libertar daqui, más, pelo amor de deus, venha sozinho e urgente. Meu cabelo ficou igual a Bombril, e eu fiquei até com as pernas bambas.Não falei nada com o Edson e fomos pra sua casa que era pertinho da propriedade, comentando que não havia nada mesmo ali,era puro medo das pessoas que passaram por lá.No outro dia,sai cedo e impressionado com que havia ouvido,fiquei pensando como eu iria resolver o problema,pois tinha certeza que ouvira a voz do Sr. João Paulino,pois eu o conheci em vida,e toda sua família também.Volte pra casa cansado,e resolvi que no outro sábado eu iria sozinho enfrentar a situação, e que situação.Na noite de sexta feira 13,cheguei só e Deus na fazenda, e fui logo entrando,e deparei com uma coisa dormindo no chão do quarto onde tinha ouvido a voz pedindo socorro.Cheguei perto e vi, uma coisa esquisita,dormindo no chão de boca aberta, eu olhei pra dentro dele, era ôco, tinha uma perna que era de osso,mas de vaca e tinha ate uma bota, a outra era de angico, tinha até um nó.Sua boca era desdentada, amarrada com arame farpado,fechada por um cadeado,acordou me olhando, com os olhos vermelhos arregalados, com um facão torto e enferrujado na mão, levantou se e sumiu na escuridão.Perdi o jogo das pernas e fique imóvel, e se o relógio não despertasse, eu teria morrido ou perdido a hora do serviço.Dei graças a deus por ter acordado e saído daquele pesadelo.Más, acreditem ou não, resolvi o problema do espírito do Sr João Paulino,em varias reuniões espíritas que fizemos em minha casa, e no fim ele foi encaminhado para um hospital espiritual nas alturas, e sumiu de vez lá da propriedade,que posteriormente eu vendi,com um lucro até bom.

BAIXA O BAMBU, NEGRADA

Num domingo ensolarado, fomos todos para o campinho de futebol que existia na fazenda. Era dia de jogo entre o nosso time, contra um time que viria lá de Santa Filomena. O estranho foi que muito dos jogadores de ambos os lados, de estavam jogando com roupa comum e de chuteiras, más, a maioria portando armas de fogo na cintura. Achei aquilo muito esquisito, más conversando com os presentes, fiquei sabendo que era assim mesmo, pois se tivesse alguma divergência, todos estando armados era mais fácil de ser contornada. E o jogo começou, e era butinada pra todo lado, más briga mesmo não estava acontecendo, o jogo estava indo bem. Engraçado mesmo era meu cunhado Antonio Basílio pegando no gol de nosso time com botas sete léguas ao invés de chuteiras. Nosso time atacava sempre, más nada de fazer gol, e o de santa Filomena atacava muito menos, más toda bola chutada ao gol era fatal, passava, e por isto o time deles já estava ganhando por 4 a 0 no placar. “Somiro Dutra, que era nosso vizinho e amigo, depois de ter tomado umas pingas, começou a gritar alto e sem parar, gente BAIXA O BAMBÚ, senão nós” tamo” perdido,vai ser uma carroçada danada hoje.Outro cunhado meu José Fernandes o chamou e disse-lhe,compadre Somiro pare com isso,pois esses rapazes estão todos armados, com o sangue quente pela disputa, e você ainda quer botar fogo mandando BAIXAR O BAMBU, isso é muito perigoso, e o Somiro, naquela sua calma e simplicidade de sempre falou: Não é nada do que você esta pensando,compadre, eu estou dizendo e pra abaixar o pau do gol,que foi feito por mim e eu fiz de bambu, e abaixando o bambu do gol vai, ficar mais difícil d’eles fazerem mais gol no nosso time.TA explicado,eu estava entendendo outra coisa,falou o Zé Fernandes.O jogo terminou bem,sem brigas, e no final todos comemoraram e se despediram e a vida continuou como sempre lá na roça.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

ZUZU, O MACUMBEIRO DE ARAQUE.


Ano de 1983, comprei um pequeno restaurante na Avenida Bernardo Guimarães, perto do colégio Roma. Com o tempo, fui me acostumando com o novo serviço, e fazendo amizades com professores do colégio, alunos e muitos fregueses ali da savassi. Por mais que eu trabalhava, não conseguia ter o sucesso de meu vizinho ZUZU, que possuía uma pequena lanchonete, sem clientes, pois era muito mal trabalhada, e com uma falta de higiene, que dava gosto. Mas o proprietário, do qual vim a ficar amigo, apresentava um progresso financeiro invejável,com tão pouco tempo no comercio,comprou carro novo, um apartamento, e ate estava ensaiando comprar um caminhão para transporte de cargas, pois, sua verdadeira profissão, era caminhoneiro. Toda noite, após fechar seu comercio,vinha pro meu, tomar umas cervejas, e com isto, descobri sua verdadeira fonte de renda. Era macumbeiro de araque, más só prestava serviços pra mulheres ricas, e inocentes no assunto, “Macumba” Sua especialidade, era separar casais mal casados, e juntar amantes apaixonados. Coincidentemente, eu tinha um garçom (que Deus o tenha) de nome Kadu, que namorava uma senhora rica, casada com um alto funcionário publico federal (presidente de autarquia) que se enquadrava perfeitamente para os trabalhos do Zuzu, pois a mulher queria separar-se marido, velho e rico, e ficar com o Kadu, novo e pobre e ainda viciado em drogas. Mas o marido, não aceitava a separação de jeito nenhum, gostava da esposa, e mesmo desconfiando do seu procedimento, a cobria de jóias, carro zero, e dinheiro. Mas a mulher queria mesmo, separar, e ir morar com o kadu, malandro de primeira classe, que havia feito sua cabeça, pois ali estava a sua mina de ouro, para viver bem o resto da vida. Kadu, que acreditava ser verdade o trabalho do Zuzu, entrosou com o ele, para fazer um trabalho para separar a ricassa do marido, e depois partirem os lucros. Vendo o golpe que estavam armando pra cima da coitada da Beth, tentei dissuadir a mesma a desistir do namorado, más ela estava irredutível e ate me tratou com desdém, achando que eu estava era querendo namorar com ela. Não teve jeito, a arapuca foi armada, e as reuniões eram feitas em uma mesa no meu restaurante. Certo dia, Zuzu me procurou com um cheque da ricona no valor de cinco mil reais, querendo que eu o depositasse em minha conta e liberasse uma parte para ele e outra pro Kadú. Não aceitei, só o faria se soubesse a origem do referido cheque. Zuzu, na maior cara de pau, contou o seguinte. Getulio, você é um cara esclarecido, sabe que na verdade eu não sou macumbeiro, más falo que sou com essas pilantras, que estão passando o marida pra traz, porque se eu não pegar a grana delas, outro malandro vai pegar, e é isso que esta me ajudando a comprar as coisas, que estou adquirindo. E me contou o que fazia, para convencer suas clientes. Primeiro analisava cada uma, para saber até onde poderia ir com suas mentiras. No caso da Beth, ele usou a seguinte tática: Disse lhe que para fazer a separação para sempre e com benefícios para Ela e o kadu, ela teria que ir, sozinha a um cemitério, numa sexta feira à meia noite, pegar um crânio de um inocente enterrado há menos de seis meses, trazer para ele, junto com seis galos pretos, dois kilos de sal grosso, 200 velas de sete dias, cinco litros de pinga de primeira, uma cueca nova do marido, e outras coisas que não me lembro mais. Claro que a infeliz da cliente não iria topar fazer aquilo,ainda mais madame, como era o caso em questão.Ai é que ele então falava que poderia arrumar um coveiro no cemitério que já conhecia o lugar onde havia um inocente enterrado, por dinheiro,pegaria o crânio para o despacho,que deveria ser feito,em uma cachoeira em brumado,na Bahia,numa sexta feira santa,sem que ninguém mais estivesse junto da pessoa encarregada do serviço,pois o espírito TRANCA RUA,iria falar na ocasião como proceder,para o trabalho ser duradouro.Más,se ela não quisesse ir, teria que mandar alguém,más ficava caro, e só seria feito com dinheiro vivo.Essa era o origem do cheque da Beth.Por coincidência,o marido rico, diante de tanta insistência da ex esposa,arranjou uma amante mais nova e liberou a Beth de vez, com uma ótima pensão mensal, uma casa na praia de cabo frio,mais o apartamento que moravam no Gutierrez.A fama do Zuzu cresceu na praça, sua clientela triplicou.Kadú e Beth foram pra cabo frio em lua de mel,más kadu, foi assassinado, naquela semana, numa boca de fumo,onde fora comprar drogas,segundo a Beth..Não ficamos sabendo se a mando do ex marido ou por traficantes da região,para tomar-lhe dinheiro em seu poder,que segundo sua esposa,era muito..moral da estória: O feitiço vira contra o feiticeiro.Neste caso,virou contra o sócio do feiticeiro.Vendi o restaurante,não fiquei sabendo,quantas mulheres mais,o “ feiticeiro” Zuzu ludibriou.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

DOMADOR PREOCUPADO COM O DEFEITO DA MULA


Quando morávamos na fazenda, em alegria, minhas irmãs, eram quase todas solteiras, e ainda tinha as professoras, e as moças, que meu pai criava como filhas. Assim, era um prato cheio para a rapaziada de a região freqüentar nossa fazenda todos os domingos e feriados, na procura de uma delas para namorar. Apareciam muitos candidatos pra elas, mas havia um que era o mais insistente. Chamava se, Jose Marques (filho de João marques Lelé), alem de ser um bom moço, era também um exímio tocador de concertina, um tipo de sanfona diferente das normais na região. Mal amanhecia o dia aos domingos,e não demorava,estava chegando o Zé Marques e sua concertina. Ele era muito educado, muito simpático, tinha um sorriso largo, onde mostrava a sua boca rica, pois possuía varias coroas de ouro nos dentes, aquilo, era moda naquela época. Tomava café,almoçava,tocava sua sanfona, e somente ia embora à noitinha. Ele sempre que aparecia, vinha em cavalos bonitos, bem tratados, e se dizia peão amansador de animais, pois toda vez que alguém lhe perguntava se o animal era dele, ele respondia, que não, que estava era amansando para outra pessoa. Ser peão naqueles tempos era chique, dava a entender que era pessoa de coragem. Más, ele era doido para namorar, era com a minha irmã Geni, que tinha vários pretendentes, entre esses, um primo nosso chamado Artur Agostinho, que não agradava das visitas constantes do Zé Marques, pois na verdade o Zé era mais simpático do que ele, e ainda tocava sanfona para agradar as moças. Artur, e seus amigos, que eram doidos para arranjar um jeito de boicotar o Zé Marques, descobriram que ele estava amansando uma mula, que tinha um defeito terrível,quando o cavaleiro que montava nela ia saindo,tão logo batia as esporas no seu ventre, ela dava uns pulos e peidava e defecava pra todo lado. Não tinha jeito,toda vez que o cavaleiro montava,acontecia àquela tragédia. Aquela era a chance que o Artur e sua turma, esperavam, pois, pensavam,quando o Zé chegasse à fazenda para visitar as meninas,na hora da despedida ia ser aquele show dado pela mula, e como o Zé era muito ignorante, iria ficar sem jeito, e sumir La da fazenda, deixando o campo limpo para eles. Deu mais ou menos certo, pois o coitado do Zé,quando estava chegando à nossa fazenda,prevendo o risco que iria correr com a mula, resolveu deixá-la amarrada em uma cerca bem distante da fazenda, más para seu azar, minhas irmãs, não estavam em casa, naquele dia, e ele, resolveu ir embora mais cedo. Quando estava montando na mula para sair, viu minhas irmãs chegando, de volta de uma visita a casa de nossa avó. Elas, o vendo montado na mula, pediram pra ele, acabar de chegar a nossa casa, e amarrar o animal no lugar de sempre. Ele que já estava a cavalo, e muito preocupado, lembrando o que poderia acontecer, falou; desculpem, não vou não. Uma das minhas irmãs lhe disse, vamos sim Zé, você conversa um pouco com a geni e depois vai embora ta certo?Ele, muito tenso, respondeu: OBRIGADO, NÃO TEM JEITO, EU JA SEI QUE ELA VAI SAIR PULANDO,PEIDANDO E CAGANDO ,VOU EMBORA DAQUI MESMO. Minhas queridas irmãs, saíram sem entender nada, más rindo muito, motivo que acabou de despachar para sempre o Zé Marques.Moral da estória. Desta vez a praga do urubu magro pegou no cavalo gordo

terça-feira, 30 de junho de 2009

ESSE CHURRASCO," FAIOU"


Quando me separei, fui morar em belo horizonte, juntamente com os meus três filhos. Morávamos na rua aimorés, no bairro funcionários. Eu, que estava me acostumando com a nova vida de pai e mãe, ficava muito preocupado com a alimentação de meus filhos, e o bem estar deles. Por isso contratei uma cozinheira experiente e uma arrumadeira que trabalhava somente nos fins de semana. Para que não faltasse nada em casa, consegui abrir uma conta em uma padaria e um açougue, todos, perto de meu apartamento.. Dona benvinda fazia uma comida muito gostosa e tudo estava correndo as mil maravilhas para nós. Só uma coisa estava me preocupando, a conta do açougue era muito alta, levando-se em conta que éramos poucas pessoas para consumir tanta carne, que aparecia na conta semanal. Desconfiado, fui ao açougueiro e falei-lhe de minha preocupação com a conta,quando pra minha surpresa,ele me apresentou todas as notas assinadas pela minha empregada. Fiquei de orelhas em pé, pois julgava dona benvinda muito correta e não achava que ela, poderia estar fazendo aquilo. Eu lhe pagava bem e pontualmente, acho que não merecia aquilo. Passei a investigar para não falar coisas que não pudesse provar, pois ela já tinha uns dois anos de serviços prestados pra mim. Todos os sábados, ela saia ao meio dia, e no sábado que aconteceu o que vou relatar, ela estava tomando banho,quando eu cheguei da rua,e ela não me viu chegar. Entrei pro meu quarto e deitei um pouco,quando ouvi,ela que já tinha saído do banheiro, falar ao telefone com outra pessoa mais ou menos assim: Olha prepara o arroz, o vinagrete e o carvão,porque as carnes de boi e frango e porco eu estou levando,vão dar pra umas 10, ou mais pessoas,pode chamar a turma pro churrasco. Fiquei assustado, má essa era a hora que eu tanto estava esperando para descobrir o seu roubo. Sai do quarto e vi a sua enorme bolsa muito cheia, em cima da mesa da sala. Ela ficou nervosa com minha presença, pois não sabia que eu havia chegado mais cedo naquele dia. Como nos estávamos reformando o quarto da empregada, tinha um monte de azulejo, tijolos, pedra ardósia quebrados la no quartinho.Eu tive uma idéia genial para o caso.Pedi dona benvinda,que antes de ir embora,fosse na padaria comprar presunto e queijo para o nosso lanche da tarde.Ela não teve como negar, pegou sua bolsa levou lá pro quarta da empregada,puxou a porta e foi comprar o lanche que lhe pedi.Quando ela saiu,fui ao quartinho, abri sua bolsa e deparei com mais ou menos uns cinco quilos de carne de frango,picanhas,lombo e lingüiça.Meu amigo Zé beijo que chegou nesta hora,ele também morava comigo, me ajudou a fazer a troca das carnes.Pegamos os tijolos os azulejos e parte das pedras e enchemos a bolsa da benvinda,deixando-a como se não tivesse sido mexida.Sentamos na sala e ficamos conversando e vendo televisão.Dona Benvinda tocou a interfone,entrou,me entregou a compra, foi ao quarto pegou sua bolsa,viu que estava do mesmo jeito,despediu-se, e saiu toda contente,levando suas compras pro churrasco.Infelizmente,não fiquei sabendo o resultado. Ela, nunca mais apareceu em nossa casa, nem pra receber seu salário que venceu naquela semana. MORAL DA ESTORIA. DONA BENVINDA NÃO FOI BEM VINDA. Más,mesmo assim, pagou um pouco do prejuízo que me causou.

sábado, 27 de junho de 2009

ISSO AQUI,É MUITO GRANDE.


Meu pai era uma figura impressionante, sempre muito alegre, bem humorado, trabalhador, amigo de todos ricos ou pobres para ele era a mesma coisa, amigo dos filhos, enfim, francamente, se tivesse jeito, eu gostaria de ter nascido com o espírito de meu querido e saudoso pai. Em qualquer lugar que ele estivesse lá estavam seus amigos o rodeando, ora querendo remédio, ora um conselho, alguns querendo fazer negócios, uns querendo rir de seus causos, enfim, ele vivia rodeado de pessoas. Nunca, vi meu pai triste, ou reclamando de alguma coisa, por pior que fosse a situação no momento. Ele transbordava otimismo. Ele tinha um tique nervoso, (coçava o saco, quase toda hora). (Quando estava conversando ou contando causos então, era maior ainda essa incidência) Ele era um ótimo tratador com homeopatia, e quando alguma pessoa doente o procurava, ele prontamente o atendia, e quase sempre indicava dois, ou mais medicamentos, e quando ia ensinar como tomá-los, fazia mais ou menos assim: Você toma este, senão houver melhora, (ai ele coçava o saco) e continuava, você toma esse, que vai ser batata, vai te curar, e entregava o outro medicamento. O coitado do cliente, não falava nada, más devia pensar, não vou tomar de jeito nenhum. Certa feita, ele estava fazendo um financiamento pelo Banco do Brasil, e precisou do fiscal do banco ir a nossa fazenda, refazer o cadastro de meu pai, que estava desatualizado, nós estávamos todos no terreiro da fazenda e o fiscal começou a fazer algumas perguntas ao meu pai, sobre a propriedade.\Num certo momento, Palmerindo, (fiscal do banco), perguntou: Sr Sebastião, quantos hectares o senhor tem nessa propriedade, ele respondeu, assim de cabeça eu não sei, mas, (ai ele começou a coçar o saco) MÁS ISSO AQUI, É MUITO GRANDE, MUITO GRANDE MESMO. Palmerindo, pessoa da melhor qualidade,sorriu e disse,é melhor a gente ver a sua escritura, não é Sr Sebastião?Ai vamos saber realmente o tamanho, da propriedade, Ficou por isso mesmo, e fomos almoçar. Na volta pra cidade, fazendo alusão ao acontecido, Palmerindo, brincou: Essa vida de fiscal é muito dura, más é engraçada, tem horas, que a gente tem de evitar ver o tamanho das coisas no olhometro, não é?Pode ser perigoso, não acha?Melhor mesmo, é a gente ver os documentos. Meu pai, não entendeu nada, más concordou no ato, o senhor tem toda razão, documento é documento.

COM ESSA LARGA,DANÇO A NOITE INTEIRA


Zé da Artina era uma figura muito conhecida e amiga em nosso meio, na Alegria. Era criado no lugar, filho de dona Altina, parteira, experiente, que deve ter feito o parto em todas as mães de crianças que nasceram na nossa região. Tinha uma peculariedade especial, era o maior dançador da região, não perdia um baile, ia a todos, mas nunca calçado, tinha a sola pé tão grossa, que parecia um solado feito com borracha de pneus. Más esse habito em nada o prejudicava, e ninguém notava o seu jeito de andar de pés descalços. Houve um casamento em nossa fazenda, da Benvinda (coisinha) com o João, e o Zé artina foi convidado para ser o padrinho, pronto; tinha que ir de paletó e gravata e calçado. Fizeram uma vaquinha e compraram um par de botinas pro Zé, e arranjaram emprestados, um paletó e a gravata, e no dia do casamento, ele vestiu a roupa e calçou as botinas em sua casa, que ficava distante da casa do casamento, e veio andando de pés, até o local, más aquilo estava sendo um suplício, pois imaginem vocês, nunca havia calçado nada, calçar umas botinas novas, daquelas de couro cru duro, era quase impossível dar certo, não acham?Pois foi o que aconteceu: Zé da artina chegou à festa, de terno e gravata, más com as botinas penduradas pelos cardaços, no pescoço. Foi uma gozação, más na hora do casamento ele calçou novamente as botinas e correu tudo bem, saiu bem na fita. A coisa ficou feia foi à noite,pois como em todo casamento que se preza,tem que haver um pagode, não foi diferente neste casamento, o baile seria na casa do Nemésio, nosso vizinho, que tinha uma casa com sala grande e própria para um pagode. O Nemesio, era um sujeito esperto, gostava de levar vantagem em tudo, e viu uma chance de ter lucro naquela ocasião. Falou baixinho com o Zé artina, que ele deveria ir calçado para o pagode, e quando chegasse à sua casa, ele, o Nemésio, iria trocar, um par de botinas velhas, que, sendo usadas, não iria machucar os seus pés, e ficaria com as novas como troca. Assim aconteceu, pois o Zé estava a fim de dançar muito naquele pagode. Na hora do pagode, Némesio, chamou o Zé no seu quarto, e fez a troca das botinas,e como as que o Zé pegou, estavam usadas, Ele, sentiu-se bem, e começou a dançar todo animado.Lá pela meia noite,o dono da casa,(Nemésio)pediu que o Zé dançasse com sua esposa Raimunda,que era boa de dança,e queria dançar com ele,pois viu que ele dançava bem.Começaram a dançar,só que o Zé gostou tanto,que não parava de dançar, Nemésio, tentando dar um jeito,sem melindrar o dançador, falou:ZE, PARE DE DANÇAR, E VENHA TOMAR UM GOLE COMIGO. O ZÉ TODO ANIMADO, FALOU: OBRIGADO, COM ESSA LARGA, QUE VOCE ME ARRUMOU, EU VOU DANÇAR É A NOITE INTEIRA. A larga que o Zé se referiu era o par de botinas usadas, más pra quem não sabia da troca, ficou a impressão, que larga era a mulher do Nemésio. Não acham?Moral da estória.O barato as vezes, sai caro.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

SONHAR ? NÃO TEM JEITO


Em, 1950/1951 começou em nossa região, aparecer padres pregando o evangelho, tentando, dado ao grande número de incrédulos que existia. Havia muitas mortes, crimes quase que hediondo..Então,a igreja de Simonésia,resolveu mandar os padres,para esses lugares ,onde o povo, desconhecia totalmente os mandamentos da lei de Deus.Os padres percorriam toda região fazendo suas pregações,e com isto,ficavam até 3 ou mais meses pregando,sem voltarem a sede da igreja.A região,que não possui estradas de rodagem,o padre e um sacristão, percorriam as paróquias,quase sempre em cavalos,e animais de carga,levando os seus apetrechos e mantimentos para o sustento dos mesmos,durante as pregações. Eles pediam a algum fazendeiro do lugar uma ajuda, como, mantimentos, um empregado para ajudá-los nas viagens, enfim um ajudante que ficasse permanentemente junto deles. Meu pai, cedeu um empregado seu, de nome “Chico duardo” negro, do “zoi” limpo como diziam seus colegas la da fazenda.Arranjou um burro bão de serviço,cangalha ,e dois balaios para transporte das coisas dos religiosos.panelas para fazer comida e tudo mais necessário aos dois crentes.Assim, partiram com destino ao um lugar chamado Suíço,pequeno arraial na redondeza,onde acontecia a maioria dos crimes de pistolagem.Passado uns 15 dias,Chico duardo voltou mais magro,barbudo e muito chateado com o tratamento que recebeu dos padres,durante o tempo que os ajudou la pras banda do Suíço.Perguntado os motivos de sua desistência ele contou no seu modo simplório de falar, o que havia acontecido nos dias que viajou juntos aos clérigos.Primeiro,explicou,que dormia sempre mal,em tulhas muito frias,camas muito ruins,sem nenhuma cobertas para o frio ,comida muito fraca,e só os padres eram bem tratados,comendo do bom e do melhor.Finalmente,contou,que quando foram pregar lá na igrejinha do alto,lugar muito conhecido na região,eles tiveram que ficar no lugar uns 4 dias e noites,comendo e dormindo dentro da igreja,pois era muito difícil deslocar daquele alto a noite e voltar no dia seguinte para continuar pregando para o povo.Finalmente contou,que como os padres comiam muito,os mantimentos foram acabando,e na ultima noite só ficou uma galinha para ser feita,pois o resto da comida havia acabado. Como era tropeiro antigo, sabia muito bem cozinhar. Como não havia almoçado direito, matou a galinha, e quando, a estava fritando, com a fome que estava, ele quase não conseguiu terminar de fazer a galinha, sem comer um pedaço. Más os padres, que estavam bem nutridos, falaram pra ele, que como era a ultima noite de pregação no lugar, eles iriam guardar a galinha para o almoço do dia seguinte, e quem tivesse durante a noite, o sonho mais bonito, comeria a galinha sozinho. Na sua humildade aceitou, mas ficou pensando como iria ter sonho bonito com aquela fome que estava sentindo. Tomou uma pinga e deitou. Não conseguiu dormir, levantou foi na panela e comeu a galinha toda, quase que comeu os ossos também. De manhã o padre e o sacristão o chamaram e lhe pediram: Esquente a galinha, e vamos ver quem teve o sonho mais bonito essa noite que passou. O padre disse que sonhou que estava subindo pro céu e ficou do lado direito de deus abençoando a todos na terra, o sacristão puxa saco, também disse que tivera o mesmo sonho, só que ficara do lado esquerdo de deus, ajudando o padre a abençoar. Então eu falei pra eles: Olha eu não consegui dormir, vi o padre subindo pro céu, o sacristão foi atrás, então eu vi que vocês não iam voltar mais aqui na terra, fui la na panela, e comi a galinha sozinho.Diante da bronca dos padres,eu vim embora e pronto.È claro,que o nosso “Chico duardo” que era muito esperto,inventou esse fim para o caso com os padres,para se justificar com meu saudoso pai,sua volta repentina de sua missão.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

ERA UMA MULHER VICIADA

ERA UMA VICIADA.

Nossa querida Dejanira (TITA) afora ser nossa parente, era muito chegada a todos, pois estava sempre contando um caso ou uma fofoca. Seu jeito de falar é peculiar, pois fala muito e explica tudo nos mínimos detalhes, não esquece nada, parece um filme suas estórias. Certa vez, apareceu em nossa propriedade um senhor se dizendo pastor (pastor Ary) e começou a angariar seguidores na região, fazendo pregações quase todos os sábados, sempre em casas dos moradores do lugar, más era na casa de Titã que eram feitas a maioria das reuniões. Ele ensinava que para se tornar cristão, cada um tinha que fazer uma reflexão na sua vida, e abandonar certos hábitos e vícios, pois senão Deus não os perdoaria. (E quando a pessoa estivesse certa de que iria abandonar um vicio, teria de dar o TESTEMUNHO, (confissão do abandono do vicio) na presença de todos os presentes às reuniões. E a bem da verdade, o pastor Ary, estava conseguindo alguns seguidores, e muitos estavam realmente mudando de vida. Uns parando de beber, de fumar, de falar mal dos outros, trabalhando mais, fazendo caridade, enfim melhorando e começando a rezar todos os dias. A Tita tinha um vicio que era um verdadeiro martírio, pra ela, e para quem convivia com ela, pois gostava de mascar fumo do rolo, ao invés de fumar, e aquilo era um vicio terrível, más ela não conseguia deixar aquele habito. Ouvindo as pregações do pastor, ela tomou a feliz iniciativa de tentar abandonar o tal vicio, e passou a chupar bala no lugar de mascar o fumo. Na reunião do sábado seguinte, ela vendo que já tinha conseguido ficarem vários dias sem mascar o fumo, resolveu dar em publico, o seu testemunho, logo em uma reunião que estava presente mais ou menos umas 50 pessoas. Após as orações de praxe, o pastor começou a colher o testemunho dos convertidos, e na hora que a Tita foi chamada a falar, ela entrou falando desse jeito: Todo mundo aqui sabe o quanto eu era viciada em mascar fumo, não conseguia deixar o vicio, pois eu era uma mulher viciada, vivia com o fumo na boca,dormia com o fumo na boca,amanhecia com a fumo na boca,só tirava o fumo da boca pra comer e beber,e agora eu já consigo ficar sem colocar o fumo na boca, há mais de uma semana,e, se o pastor não a interrompesse,ela iria falar mais alguns minutos,o mesmo assunto.O pastor notando que a platéia estava interpretando de outro modo o testemunho da nova irmã,mudou logo de assunto e encerrou a reunião.O Peão (Zé Felipe filho do Somiro dutra),que estava presente,chamou o marido da Tita,o João dogé, e falou lhe baixinho. Você é muito macho dogé,deve estar com o fumo fino,pois o tanto que a tita vivia com ele na boca,não tem outro jeito.DOGÉ muito engraçado retrucou, pelo contrário engrossou, Ficou foi inchado, quer ver?.....

quarta-feira, 24 de junho de 2009

FEIO DE QUALQUER JEITO

SOU FEIO MESMO.

Antigamente, principalmente na nossa região, que era quase um sertão, peão que tinha coragem de matar, que era criminoso, tinha valor a mais, dos trabalhadores normais. Isso, para alguns patrões, más, felizmente em nossa casa meu pai não aceitava este tipo de individuo,e os que apareciam,eram despachados sem pena, imediatamente. Porem havia um turco chamado Teófilo Zacarias, que morava em nossa fazenda há muitos anos, onde mantinha uma venda de secos e molhados, más parecia ter um passado não muito recomendável, pois era procurado por pessoas que se diziam suas amigas, que eram quase sempre criminosos, e vinham querendo emprego em nossa propriedade, mas de pistolagem, e não de serviços normais em uma fazenda. Num final de semana chuvoso, apareceu um desses amigos do “Sr.tiofo,” de nome Arcendino, um negro alto, magro, do rosto comprido, braços longos, e que possuía um bigode muito fino e muito comprido, parecendo mais um bigode de bagre (peixe de nossa região) era um sujeito muito mal encarado, e ficava toda hora alisando aquele bigode tipo Bombril. À noite, na hora da ceia, o visitante, tomou uns goles de pinga, e meio tonto, começou a descrever suas “qualidades profissionais” perante todos que estavam na cozinha jantando, João Simeão, Edson, Antonio |Raposa, Chico Eduardo e muitos outros, Sr Teófilo meu pai e nos os filhos. Quando meu pai lhe perguntou o que ele sabia fazer numa fazenda, ele mais que de pressa,respondeu,faço quase tudo, más o principal serviço meu Sr, Sebastião, é que eu sou FEIO mesmo, atrás de um toco, (REFERINDO SE A TOCAIA) não erro nem um tiro, pode ser até num gato que acerto mesmo. Todos começaram a rir,quando o João Simeão,muito gozador, falou bem alto.SR ARCENDINO O SENHOR É FEIO É DE QUALQUER JEITO,ATRAS DO TOCO,NA FRENTE DO TOCO,DE LADO DO TOCO,enfim em qualquer lugar que o senhor estiver será feio mesmo, você parece é o Cramunhão.Diante daqueles peões todos,e vendo que não tinha obtido o resultado esperado,Sr Arcendino,jantou, foi depressa dormir,numa tulha no terreiro da fazenda,e quando o dia amanheceu, rachou fora,e foi baixar noutro centro, com sua” brabura e feiúra.” toda......

terça-feira, 23 de junho de 2009

TIO ANANIAS.

Tio Ananias era uma pessoa muito honesta, trabalhador rural e muito simples em seus atos e o modo de viver. Pai de muitos filhos, ele, foi o tio do lado materno que mais tive oportunidade de conviver, pois como eu era gerente de um banco em nossa cidade, Ele estava quase que semanalmente me encontrando, pois gostava de fazer uns negócios e estava sempre precisando de uns empréstimos, que diga se de passagem, pagava no exato vencimento. Ele andava vestido sempre com um terno de brim caqui esverdeado meio surrado pelo tempo, e um chapéu de lebre na cabeça. Quando estava na cidade, não deixava de ir ao banco, quando não estava precisando de dinheiro ia usar o banheiro da agencia ou tomar um cafezinho. Ele nunca respeitou a fila,que sempre existia com clientes querendo falar na gerencia,chegava e furava a fila e ia direto falar comigo o que estava querendo, e eu não tinha coragem de falar com ele a esse respeito, pois achava que iria magoá-lo. Porem, certa feita a fila estava muito grande e o atendimento estava demorado, pois eu estava resolvendo um negocio com um cliente que demandava mais tempo que o normal. Lembro-me ainda hoje de alguns clientes que se encontravam na fila na espera para serem atendidos e alguns eram umas verdadeiras malas e criadores de caso quando eu chamava alguns clientes mais ricos ou idosos na frente deles. No meio desses clientes haviam dois que não esqueço,eram o sr.giuseppe Espósito,italiano ex combatente de guerra da policia italiana que era muito nervoso,apesar de bom cliente,e o outro era o Silvio Miranda,que estava todo dia querendo trocar um chequinho na compensação de cheques,para o outro dia,os outros não me lembro mais os nomes,mas eram vários,e pior ainda estava na hora do almoço.De repente surge o meu querido tio Ananias,na sua vestimenta favorita,e sem mais “delongas”fura aquela fila enorme e vai entrando na gerencia,o que provocou as pessoas que estavam aguardando,quando o sr. Giusepe falou bem alto.Não é possível uma coisa dessas,estamos aqui há mais de 1 hora esperando para sermos atendidos, e vem um macaqueiro, e fura a fila e vai entrando sem ao menos pedir licença,e pior ainda, o gerente o atende com toda presteza e atenção o levando para a cozinha do banco,quando o Silvio Miranda,que também falava muito alto soltou essa peróla! DE TRES COISAS, UMA, ESSE SENHOR DEVE SER! Ser muito rico, o que não parece, muito bobo, ou então parente do Getulio. E como a gerencia era próxima da fila, eu logo respondi, você acertou duas, ele e meu tio e a outra você define,porque rico ele não é, e de bobo ele não tem nada.Foi o melhor que aconteceu, e o estresse da fila acabou e deu tudo certo.(VEJAM O MOTIVO QUE ELE ALEGOU DESSA VEZ PARA FURAR A FILA)meu sobrinho me leva depressa na privada,porque eu estou com uma “DERREIA” danada e preciso ir no banheiro urgente.Como ele falava com a voz mole e devagar, ficou mais engraçado ainda sua pronuncia, derreia ao invés de diarréia..

ESQUECI A PORTA ABERTA.


Que nosso saudoso pai era um grande “Dom Juan”, a moda antiga, todos nós sabemos. Porem em 1948/1949, não me lembro a data exata, pois era menino ainda,ele com suas conquistas, foi além do que devia.Conquistou,nada mais nada menos , que a mulher do seu cunhado e amigo,que era irmão obviamente da nossa querida mãe,o que provocou um choque em toda nossa família,Porém com a descoberta do caso,ele honradamente assumiu toda a responsabilidade da família de sua amada,o que de bom mesmo ,desse episódio, foi que a relação nos trouxe uma irmã por parte de pai,que é nossa querida Custódia.Sua amada morava em uma outra propriedade de meu pai, vizinha a nossa,e era lá que ele tinha sua máquina de beneficiar café,ele passava a maior parte do seu tempo trabalhando perto dela,más a noite tinha que voltar pra sua verdadeira casa.Más tinha muito ciúme de sua nova paquera,e como ele tinha muitos empregados (peões),pois possuía muitas tropas para levar o café até a cidade de Manhuaçu, andava de orelha em pé,como se dizia naquela época, com os mencionados peões, que andavam rondando a casa de sua amada.Certa noite,quando lavava os pés em uma bacia de cobre grande,assustou-se, quando procurou por dois amigos seus que trabalhavam com ele (artur gustim e zalém)e não os encontrando, foi informado pelo seu fiel amigo Teófilo Zacarias que os dois tinham ido dormir lá na maquina de café,pois pretendiam sair cedo com o carregamento do café que iria pra cidade.Como os dois peões eram também conhecidos “ mulherengos” meu pão ficou muito enciumado,segundo meu amigo bastião gustim,que a tudo assistia. Após colocar os pés na aba da bacia em que estava lavando os pés, saiu-se com essa desculpa : MARIANA,ACHO QUE DEIXEI A PORTA DA MAQUINA ABERTA,E VOU TER QUE IR LÁ FECHAR.,minha querida mãe que já andava muito desconfiada,cortou seu barato na hora.DEIXA DE “MAMPARRA” BASTIÃO,POIS SE O ARTUR E O ZALÉM FORAM DORMIR LÁ!,COMO PRECISA DE VOCÊ IR LA FECHAR A PORTA!.Meu pai teve que enfiar a viola no saco a única coisa que falou foi a seu tradicional ( um um um,de maneiras,que) então vamos dormir.Deve ter tido uma noite de pesadelos não acham?

sábado, 20 de junho de 2009

MIXARIA,MUITO POUCO MESMO.


No ano de1983, mudei-me para belo horizonte, na expectativa de iniciar uma nova vida, tanto no profissional como amorosa. A gente quando se separa de um casamento, fica meio perdido, pois alem da separação, ainda tive um problema maior, perdi quase tudo que havia conquistado de material na vida. Morava, no bairro funcionários, com meus 3 filhos.A mudança de cidade, a dificuldade de adaptar à nova vida,me deixou meio deslocado,e eu demorei a me achar novamente.Como não consegui um bom emprego, comecei vender jóias,vender e comprar carros,mexer com um bar e até tocar violão em bares para arranjar dinheiro.Foi uma fase muito dura de minha vida.Más logo consegui entrosar,e,comecei a procurar uma namorada,pois não queria ficar sozinho. Numa festa na MBR, conheci uma menina bonita, era muito nova e muito vaidosa, más fui levando o caso, para ver o quê que dava. Encontrávamos-nos sempre nos finais de semana, pois eu não podia sair toda noite porque meu filho Rodrigo era ainda pequeno, para ficar sozinho, pois os outros dois estudavam e trabalhavam. Más, com o tempo fui conhecendo melhor a moça (sãozinha) era seu apelido, pois se chamava conceição. Ela, sempre tinha um problema pra resolver no dia que marcava pra gente se encontrar. Uma hora chegava meio triste, outra chorando, e sempre no fim ele me pedia uma grana pra resolver algum problema. Eu sempre dava, porque era pouco e ela era muito bonita e eu não queria perde-la. Sãozinha,achava que eu era rico,pois o lugar que eu morava era VIP, eu andava bem vestido,enfim,eu também falava que era,apesar de estar na maior lona.Certa noite,convidados, íamos à casa de um amigo que era aviador da FAB .Na hora marcada eu liguei, falei pra ela ir se arrumando,pois ela demorava muito a se arrumar,e ela com voz embargada me falou:.Acho que não vou poder ir,estou muito chateada,me aconteceu uma coisa boba hoje com uma vizinha,más me deixou abalada, pois foi por futilidade, e acho melhor ficar em casa,pois estou muito nervosa com o acontecido.Eu já fiquei meio desconfiado,que vinha nova cantada de grana,porque esse era o sinal,quando ela dizia que estava chateada, era falta de dinheiro.Peguei meu carro e fui ao seu encontro. Chegando a sua casa, ela estava na porta me esperando com os olhos vermelhos e voz triste, e foi logo me falando. Sei que você não tem culpa, más quero te contar. Briguei com minha vizinha por uma mixaria que eu devo pra ela, más se fosse uma grana preta, eu até, dava razão pra ela, más é por uma mixaria, coisa que não vale nada, e ela me ofendeu perto de minhas outras amigas e ainda me chamou de caloteira. Desci do carro, entrei na sua casa e insisti pra ela me falar o valor da conta, que talvez eu pudesse ajudar ela a pagar. Ela novamente repetiu, não, não precisa se preocupar com isso, eu vai resolver, é muito pouco o que devo a ela, é uma merreca mesmo, não vale nada mesmo, é muito pouco dinheiro pra ela ficar me ofendendo assim. Como ela não falava e ficava só repetindo, eu lhe disse que tinha que ir, pois não podia deixar meu amigo me esperando, quando ela vendo que eu iria mesmo sozinho me disse: Por favor, me espere vou com você. Arrumou-se o fomos, rumo ao nosso destino. No caminho ela continuava triste, quando eu lhe disse com voz firme: Ou você fica alegre, ou me fala quanto é esta conta, pra eu resolver, e você voltar a ficar feliz e chegar à festa alegre. Ai que a coisa engrossou. Ela na maior frieza me disse você não vai nem acreditar no valor, de tão pouco que é. Eu já não agüentava mais de tanta ansiedade, quando ela falou. Olha só! São cinco pequenas prestações todas vencidas de 500,00 cada, que somam o ínfimo valor de 2.500,00, pode?Quase bati meu carro, pois o valor era na época o preço de um carro semi-novo. Prometi resolver na semana seguinte, fomos pra festa alegres, Na volta a deixei em casa, e até hoje não fui levar a grana para a linda e santa sãozinha pagar sua continha...........VAZEI NA BRAQUIARA.

NEGRITO,ASSUMIU A PATERNIDADE


Em1980 ocorreu, um caso engraçado dos muitos que aconteciam na fazenda. Num sábado, chegando cedo, fui procurado por meus parentes, (vou declinar nomes), para ajudá-los a resolver um problema grave acontecido há tempos, más, só agora vindo à tona. Um boletim de ocorrência na delegacia de Simonésia,mg chamando, um dos envolvidos para ir prestar declaração sobre seu envolvimento com uma menor (13 anos) que havia sido engravidada e estava acusando esse parente de ser o pai da criança. Eles, antes,já tinham tomado algumas providencias, tinham C$NVENCID$ o delegado, Sr Manoel Marques, a maneirar no inquérito. Até o prefeito JORJÃO, estava na parada ajudando, porque, éramos fortes eleitores dele. A surpresa maior foi quando perguntei quem havia feito a ocorrência: Informaram que tinha sido a mãe da menor, más que, eles já haviam subornado ela e o marido com 200 pratas, pra aceitar o que iria ser falado com o Delegado, que também estava ciente de tudo e iria apenas cumprir a ocorrência do “bo” e o arquivaria o processo, encerrando o caso. Até ai, tudo bem, más quem iria assumir a gravidez da moça?Não acreditei más foi verdade. O Nego Miguel, (Negrito) era o pai da criança, Ganhou 500,00 para assumir tudo. Argumentei que não iria dar certo, pois como uma menina bonita daquela, poderia cair na cantada de um peão, sujo, feio, velho, desdentado, analfabeto, e ainda pinguço como o nosso querido negrito!O responsável pelo “crime” falou!Tio pode nos levar sem medo, os pais estão sabendo, e menina já concordou também, pois, ela já transou com tanta gente daqui, que ela mesma, não sabe realmente quem é o verdadeiro pai da criança. Tudo bem, lotada, a caminhonete e partimos pra Simonésia, pois estava quase na hora da apresentação na delegacia. No caminho, por sorte, encontramos o Professor Lucio, nosso amigo e vizinho de fazenda, que se prontificou a ir conosco, como advogado do Negrito. Combinado o esquema, chegamos e fomos direto pra delegacia. O prefeito, e o delegado já estavam a postos, meios calibrados de pinga, e o circo estava armado. Quando o delegado chamou os envolvidos, entráramos, eu, os pais da moça, ela, os meus parentes, que eram uns dez mais ou menos, e o NEGRITO, já cambaleando de tanta cachaça, todo sujo, descalço e muito acanhado. O professor Lucio me falou baixinho, vocês deviam ter arrumado uma roupa nova pro Nego, pois tem gente de fora aqui, e vai ser difícil conseguir provar que ele, é o culpado. Respondi, professor, ta limpo, pode falar sem medo que o delegado vai aceitar tudo calado. Más, o negócio começou a entornar, pois quem inquiriu o Negrito, foi o escrivão de policia, que não sabia de nada. Primeiro, chamou a moça que confirmou que o culpado era o Nego Miguel, ali presente, os pais, também confirmaram. Até ai, tudo bem, mas,quando o escrivão,chamou o Negrito, ele se apresentou daquele seu jeito peculiar, tonto, falando alto, descalço e confirmando que realmente havia ‘FEITO MAL’ a menina umas quatro/cinco vezes, e que assumia ser, pai da criança. O escrivão, perguntou!Onde e quando teria acontecido o “crime” e como ele havia convencido a garota a fazer aquilo com ele. Foi à gota d’agua. O Negrito não tinha sido preparado para responder a esse tipo de pergunta, e saiu com esta resposta. VERSO, AUTORIDADE, GANHEI ELA NO VERSO. No verso como? Você é poeta? “Não senhor,” Eu tava num pagode, e cantei um verso, e ela gamou na hora comigo. O delegado também meio tonto, vendo que a vaca já tinha ido pro brejo, pediu, pode repetir o verso? E o negrito na maior inocência cantou: O TEMPO QUE TE AMEI/ FOI UM TEMPO ESPERDIÇADO/ANTES EU TIVESSE MORRIDO/COM UMA FACADA NO PEITO/ UM TIRO NOS OUVIDO/NA MINHA CAMA DEITADO. Da pra acreditar? Foi encerrado o processo, más ficou o exemplo do velho ditado. O MAL FEITO, TEM QUE SER BEM FEITO, parece que neste caso, não foi, não é?Más, naquela época, nós podíamos tudo na nossa querida Alegria, concordam?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

HOMEM CARAJOSO, NÃO SENTIA FRIO....

Todas as noites, os peões faziam uma fogueira grande, no terreiro de secar café em nossa fazenda, e ali ficavam ate tarde da noite, assando batata doce, no borrai, outros assando fruta pão, outros bebendo pinga, café com leite, enfim era uma festa., Más o melhor era os causos que contavam e as piadas que faziam com os colegas menos avisados.João Simeão era o peão mais velho e o mais engraçado de todos e era um gozador nato.Coitado do colega que caísse nas suas garras, tava frito.Como minhas irmãs eram novinhas,e havia também as professoras da fazenda,os peões ficavam doidinhos pra namorar com alguma delas, principalmente as filhas do patrão,eram as mais paqueradas, pois meu pai tinha fama de ser rico.Antonio Raposa era um dos peões que sofria nas mãos do João Simeão,pois este sabia da paixão que ele sentia por minha irmã Geny, que era mesmo, uma linda mocinha,más não tinha nenhuma atração pelo o Antonio. Simeão, como sempre, pegou o Antonio pra pato, e dizia-se sabedor de tudo que as meninas falavam a respeito dos peões. Colocou na cabeça do Antonio, que se ele mostrasse, pro meu pai,que tinha condições de ser o capataz da fazenda, que fazia qualquer serviço,por mais pesado que fosse, Ele iria ajudar Ele, a conquistar a sua paixão, minha irmã Geny. Dito e feito, o coitado do Antonio acreditou na conversa, e ai, começou o seu martírio. Simeão começou a jogar pra cima do Antonio, todo serviço pesado, que lhe era passado pelo meu saudoso Pai. O Primeiro foi derrubar a cobertura de uma tulha, e velha que existia na fazenda. O serviço, gastaria no mínimo uns 4 dias para ser feito,más Simeão falou pro Antonio,que se Ele,trabalhasse durante as noites também,faria o serviço muito rápido e iria agradar muito meu Pai.A noite mais ou menos lá pelas 10 horas, começou um barulho danado no terreiro,e meu pai assustado, foi verificar,e encontrou o coitado do Antonio no alto da tulha, mandando ver no serviço,e Ele já tinha derrubado quase a metade da tulha.Meu Pai,pediu pra Ele parar pois estava atrapalhando as pessoas dormirem.Não deu 5 horas da manhã e lá estava novamente o Antonio duro na queda, derrubando as taboinhas da tulha.O trabalho foi feito em dois dias.Não bastasse o acontecido,Simeão,combinou com outros peões mais uma pegadinha. A nossa região era muito fria, principalmente a noite, e quase todos os peões não tinham nenhum agasalho, e por isso faziam a fogueira a para se aquecerem, e foi ai que o coitado do Antonio quase foi a óbito,pois João Simeão lhe disse,que caso Ele entrasse em uma represa, que havia perto do terreiro, e nadasse um pouco,minha irmã iria ficar mais apaixonada ainda,pois ai, iria ter certeza que aquele era um homem diferente dos demais, tanto na força como na coragem,pois todos iriam ver, que Ele não sentia, os efeitos do frio que fazia naquela noite.Antonio achando que aquela seria sua cartada final para a conquista, começou a abrir os botões da pobre camisa que vestia,e com o peito aberto, dizia, realmente eu não sinto frio mesmo,sou um homem diferente,e vou mostrar a vocês que sou capaz de entrar naquela lagoa e nadar .A turma de peões o rodeou e fizeram cara de que não acreditavam ,quando o simplório do Antonio saiu em disparada e pulou na parte mais funda da lagoa,e ficou dando umas braçadas,que foram diminuindo rapidamente, quando então, notaram que Ele havia era desmaiado de tanto frio, e o retiraram d’água. O colocaram sobre umas toras que estavam por perto, deram lhe uma cachaça, o enrolando numas cobertas, pois o coitado tremia mais que vara verde.O pior,foi que o Antonio, continuou acreditando no Simeão,e ainda rachou muita lenha de jacaré com nó e tudo, nas noite frias do lugar, tentando mostrar que era realmente o príncipe encantado que minha irmã esperava. Não deu certo, minha irmã não queria nada mesmo com Ele.

O GRANDE ORADOR


Sr João Elias, foi um agregado de meu pai, por muitos anos, em nossa propriedade em Alegria. Com muito sacrifício, aprendeu a ler, e lia até bem, só, acho, que não entendia bem o que estava lendo, pois tinha muito pouca cultura. Ele gostava de se apresentar sempre bem vestido, usava sempre um terno branco, más ficou meio encardido com o tempo e passou a ser pardo. Tinha o “dom de falar em publico, más, falava muitas” batatadas, ou melhor, soltava era um saco de batatas, toda vez que se aventurava a falar. Meu pai, muito seu amigo, o presenteou, com um livro, com discursos já prontos, para várias ocasiões, como batizados, casamentos, aniversários, mortes de pessoas, enfim, para quase todo acontecimento, havia um discurso apropriado. Sr João Elias, não conseguia distinguir bem, um discurso próprio, para cada ocasião em que era convidado. Meu cunhado Totoim, e minha irmã Fizinha, moravam no lugar chamado santo Agostinho,que era perto da casa do Sr.João Elias.Nas minhas férias escolares,eu passava quase todas na casa de minha irmã ,pois como seus filhos João, Edson,Nilton e Nilo são quase da minha idade,a gente se divertia bastante,brincando,nadando em córregos,pegando passarinho,subindo em arvores,andando a cavalo,enfim,tudo que nos dava prazer a gente fazia. Salvo engano, no batizado do Zezinho ou da Cleuza,teve uma festinha,onde minha irmã Fizinha,fez um almoço pra comemorar o batizado.Seu João Elias,convidado,chegou todo enternado com gravata e tudo,e tão logo o almoço foi servido,ele arrancou do bolso seu livro de discursos,e começou a ler um.Más o engraçado,foi que ele selecionou um discurso para dia de casamento,e não pro batizado que estava havendo.Se não me engano,pois já foram muitos anos do acontecido,ele começou assim o seu discurso. Nesta hora feliz em que todos estamos reunidos,eu não poderia deixar de desejar aos NUBENTES,muitos anos de vida no casamento,muitas felicidades e harmonia, respeito e,que se amem na saúde e na doença,e que tenham muitos filhos,e vivam sempre sobre a graça do nosso Senhor Jesus Cristo. E foi por ai afóra,batendo as mãos na mesa e gesticulando muito,estava muito emocionado,quando sem querer bateu com uma das mãos dentro de um prato de sopa de galinha que esta a seu lado,e jogou sopa pra todo lado.As Pessoas que estavam no batizado,ouvindo ele, não notaram sua mancada, pois o discurso passou batido e ele foi muito aplaudido no final,apesar de ter molhado um monte gente com sopa de galinha.Más era festa né?Valia tudo, ate discurso pra casamento no lugar de batizado..........

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A MOTOCA DO BERALDO


Bastião Beraldo, era um peão de fato. Sabia fazer de tudo em uma fazenda. Era novo forte e muito trabalhador. Era o tipo do empregado que todo patrão desejava. Muito correto, não perdia dia de trabalho, e estava sempre de bom humor. Era também o maior bebedor de pinga que já conheci, Deus me livre, ele bebia demais, e o melhor, não ficava tonto, apenas alegre. Certa feita resolveu ir embora para o estado do Paraná, pois pensava que por lá se daria melhor na sua profissão, pois o estado era grande plantador de café, e Ele achou que se daria melhor indo morar La. Más, não se deu bem, nem com o clima nem no trabalho. Tanto se deu mal, que tive que mandar um caminhão buscar ele e sua família, pois não tinha dinheiro nem pra voltar. Sua chegada foi uma festa, para todos os moradores, pois ele era realmente muito querido e muito engraçado. Lembro-me, perfeitamente, que na sua volta, eu quis fazer uma brincadeira com ele com respeito de sua bebedeira, e ele topou. Então combinei com meu sobrinho Nilo, que colocasse um garrafão cheio de água debaixo do balcão e outro com pinga, para que eu pudesse disputar com o Beraldo quem beberia mais cachaça, naquela noite. E a venda estava cheia e nós começamos a disputa. Nilo colocou dois copos cheios de “pinga”. (claro que o meu estava cheio era de água) Beraldo tomou e dele e eu o meu. Passados alguns minutos ele me chamou pra beber de novo, repetimos as doses novamente, e assim fizemos umas quatro vezes, eu tomando água e o Beraldo pinga. Não agüentei a parada nem tomando água, o Beraldo venceu e tive que pagar o premio a Ele. A única coisa que me dava pena do Beraldo, era pela sua esposa, pois Ela colocava um chifre no crioulo, que não era mole. Más, achava que ele não sabia, e assim, eu pensava, que conforme o ditado “o que os olhos não vêem, o coração não sente”estava funcionado naquele caso.Não foi minha surpresa,quando certa noite.quando cheguei na fazenda Ele meio abatido me procurou e me pediu um favor.Prontamente eu disse :Beraldo pode me falar que faço na hora,se eu puder.Ele me disse meio sem graça o senhor pode sim, é fácil.Quero que o senhor mande seus empregados pararem de chamar minha nega, de MOTOCA.Eu, na hora não matei a charada,e lhe perguntei.Porque Beraldo, você não gosta deste apelido,ele, é até chique,pois motoca, é uma motocicleta Italiana muito famosa. Ele me respondeu baixinho. né não, aqui na roça motoca é outra coisa, eu sei que quase todo peão aqui, anda montando na minha nega e o apelido e por causa disto.,más, colocar nome nela de motoca também é demais.Eu prefiro os apelidos antigos de neguinha, pretinha,baixinha, espadia,se referindo a uma carta do baralho pra jogar truco,que é do naipe de espadas.A solução que encontrei foi reunir a turma e pedir pra não falar mais o nome de motoca,porque o homem não estava gostando e estava bravo demais.Pararam de falar Motoca,a vida continuou do mesmo jeito,a motoca funcionado que era uma beleza,e o Beraldo tomando todas.

TIO OLIVEIRO, E SUA CRENÇA


Nosso Tio Oliveiro Raposo, homem trabalhador, pai de muitos filhos, e era extremamente religioso. Fazia-se presente em quase toda festa religiosa, que acontecia em nossa região. Podia ser uma procissão, festa do padroeiro da cidade, mês de Maria, casamentos, batizados, enfim tudo que era festa com cunho religioso, lá estava nosso Tio. Ele comparecia, por mais longe que fosse o lugar. Certa feita, na festa do mês de Maria, em são João do capim, Ele, que estava presente, aguardando a chegada do Padre Betinho, que era o responsável pela Igreja do local, onde Ele sempre ajudava o Padre em suas preleções. Resolveu, por conta própria, começar a pregação, pois o padre estava demorando, e o povo já estava ansioso, para ir pro leilão de prendas, que as barraquinhas sempre faziam durante o ato. Como sempre, acontece, nestas ocasiões, a turma do “Me” E, é a que mais comparece, sempre querendo ver as meninas do lugar e aproveitar a ocasião, para tomar mais umas pingas. Meus sobrinhos, Nilton, Nilo, Zezinho, Joãozinho, Wilsinho, enfim todos os rapazes e homens casados do lugar estavam na festa, todos bebendo e jogando conversa fora. Meu Tio assumiu o púlpito da igreja e começou a ler algumas parábolas,e ensinamentos da bíblia,quando,dado a pouca leitura que possuía,deparou com a palavra CÁTEDRA, e começou a soletrar a mesma, más não conseguia falar corretamente. Tio Oliveiro tentava ler, mais ou menos assim: Jesus,em sua sabedoria,falava por catreda,não, catrepa, e assim ficou tentando falar a palavra CÁTEDRA,corretamente uns minutinhos, quando meu sobrinho NILTON,que já estava meio tonto falou com sua voz de barítono.TIO OLIVEIRO, EU TAMBEM QUERO TREPAR.Sua voz alta foi ouvida por todos,que começaram a rir e a repetir,eu “TAMEM” QUERO TREPAR.Foi o fim da reza,e meu Tio ficou muito irritado,más colocou a viola no saco e se mandou..

terça-feira, 9 de junho de 2009

MINHA "CAJA" AGORA TÁ UMA "BELEJA"


Joaquim Ponciano foi, empregado, de meu irmão Dão, em sua propriedade durante vários anos. Ponciano, assim Ela era conhecido na região, era casado, más não tinha nenhum filho com sua esposa Elza. Más, gostava de criança, e sempre, que perguntado, falava que o problema era com sua esposa, más nunca fez nenhum exame para verificar os motivos. Certo é que após muitos anos de casado, Ponciano, arrumou uma paquera em Santana de Manhuaçu, de nome Zilda, que mudou toda sua vida. Ele pediu acerto de seu tempo de serviço ao meu irmão, separou-se da esposa Elza,e foi morar com a nova paixão Zilda lá em Santana. Após montar a casa para sua amada, Ele descobriu que Ela tinha nove filhos do primeiro casamento, más mesmo assim, Ele, que não tinha nenhum, a aceitou, pois estava apaixonado.Sempre muito trabalhador, Ponciano dava um duro danado para manter a enorme família que herdara,(tanto que morreu trabalhando) e ainda ajudar sua ex esposa. Mesmo assim, construiu sua casa própria, que na realidade era um barraco, más dava pra ser habitado numa boa. Meu irmão, sempre o visitava na casa antiga. Depois que sua casa ficou pronta, Dão, foi visita lo novamente, e notou que a casa não tinha instalações sanitárias, então deu lhe de presente, um chuveiro, um vaso sanitário e uma pia. Passado alguns meses, fomos novamente. Visitar o nosso amigo Ponciano. Quando, nos viu, Ele, que tinha uma pronúncia meio diferente, pois tudo que falava, dava a impressão que tinha um j no meio, veio nos receber muito alegre e falando pro meu irmão: DÃO, AGORA FICOU UMA “BELEJA” MINHA “CAJA”,POIS COM O PRESENTE QUE VOCE ME DEU, EU NÃO “PRECIJO” MAIS SAIR A NOITE, PRO MATO , AGORA EU CAGO E COMO, “MIJO” E BÊBO TUDO AQUI DENTRO .Eu que estava ouvindo tudo, tive ímpeto de falar pra Ele:Ponciano, mude a ordem das palavras, para sua conversa ficar assim: Eu,agora,com a privada que você me deu, Eu como e cago, bebo e mijo ,tudo dentro de minha casa. Mas deixei pra lá, e saímos foi rindo da conversa do nosso amigo Joaquim.

NÃO CONVERSO COM ELA HA MAIS DE 20 ANOS


Certa noite, voltando da fazenda, Eu e meu sobrinho Nilton, nos deparamos com uma situação inusitada. A estrada era péssima, e quando chovia então, era quase intransitável. E foi num dia de chuva que tudo aconteceu. Nós estávamos numa Brasília velha, e toda poça de água que havia no meio do caminho o carro agarrava e tínhamos que o empurra, para sair do atoleiro. Más, num certo trecho da estrada, o carro empacou no barro, e não houve jeito de retirá-lo. Como era noite, ficamos tentando uma solução. Como estávamos perto de uma cerca, falei pro Nilton, vê se arranca um moerão desses, para nós tentarmos alavancarmos a traseira do carro e tentar sair desse lugar. Nilton, me falou rindo, tenta você, porque esse lugar aqui é assombrado desde que o antigo proprietário dessas terras morreu. Eu acredito nessas coisas, não vou mexer, pois segundo a lenda,se a gente pegar alguma coisa da propriedade o homem que já morreu, engrossa. Dei uma risada, e ainda falei: você deve estar é com preguiça de arrancar o toco da cerca, e fica inventando coisas, deixa que eu vou tentar. Quando encostei as mãos no moerão, começou uma ventania perto da cerca que não dava pra entender, pois no restante das terras não tinha nenhum vento, e um barulho, como se estivesse descendo uma boiada,más não havia nenhum boi no lugar. Parei, pois fiquei todo arrepiado de medo, quando olhando pra traz, me apareceu, sem mais nem menos., um homem grande com um chapéu enorme e foi falando: Entra no carro, que vou ajudar vocês a sair.O carro saiu como se nada tivesse ocorrido.Parei o carro e desci para agradecer o homem que nos ajudou, quando percebi que não havia ninguém por perto,o homem sumiu.Ficamos meio atônitos com o acontecido, e resolvemos chamar o morador de um casebre que existia bem perto do local.Depois de quase meia hora, o morador apareceu meio desconfiado,más quando nos viu se acalmou, pois viu que estava com gente conhecida.Falamos pra ele do acontecido,e ele ratificou, que sempre aparecia aquele homem, quando mexiam nas coisas do antigo dono das terras.Conformados, pedimos ao nosso amigo Agostinho esse era seu nome, que se fosse possível arranjar um café pra nós, porque já estávamos ali há mais de duas horas e o tempo estava muito frio. Ele argumentou que não era possível, porque sua esposa já estava dormindo, e ele não iria acorda- la, pois há mais de 20 anos que eles não conversavam. O Nilton, vendo um menino de mais ou menos 10 anos chamando Agostinho de pai falou: Como você esta á 20 anos de mal com sua esposa se vocês têm este menino de mais ou menos 10 anos?Ai, que foi engraçado e descontraiu o nosso medo. AGOSTINHO NA MAIOR CARA DE PAU RESPONDEU: Nós temos um sinal, quando eu quero ficar com ela, eu dou um assovio, se ela responder do mesmo jeito, ela abre a porta do quarto e a gente então transa.Ta bom Agostinho.boa noite pro senhor e até outra oportunidade.Só nos restou ir embora pro Santana e tomar o café, lá na casa do meu cunhado e pai do Nillton.Olhem, essa estória é verídica, não é caso de pescador não, pois eu nunca gostei de pescar.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

EU SOU O PAI,E AINDA MANDO UM PEDAÇO.....


Nosso amigo e vizinho Zé Moreira,fez a maior festa no casamento de sua filha Maria,com o Zé Miguel, irmão,do nosso querido Negrito.Teve almoço com tudo que tem direito um casamento, frango frito, carne de porco,tutu,macarronada,arroz,e o infalível doce de mamão fatiado.Tudo ocorreu da maneira esperada,todos animados,tomando umas pingas,comendo muito,e a noite teve um pagode muito animado,com o Sr Olendino tocando sua sanfoninha oito baixos, e a turma toda cantando uns “versos”O Sr.Zé Moreira,estava muito alegre com a festa e o casamento de sua filha, tanto,que toda hora que começava uma musica, Ele pegava sua filha pelo braço e escolhia com quem Ela deveria dançar.Foi o jeito que encontrou, pra agradar seus amigos mais velhos que estavam presentes.Só,que aquilo estava causando ciúme no recém casado Zé,que não havia dançado nem uma vez que sua esposa,e toda hora que ia procura-la, pra dançar,seu sogro já estava a conduzindo pra dançar com outro amigo seu.Certa hora da noite,quando muitos estavam a beira de uma fogueira armada no terreiro,esquentando o frio que era grande,e o Sr Zé Moreira falando do prazer daquele dia,o seu genro, já meio tonto,chegou perto dele e foi logo falando:Meu sogro o Senhor me perdoa,más não estou gostando de minha mulher dançar toda hora com pessoas que o Sr.escolhe, pois desde modo, Eu não consigo dançar com Ela nem uma vez,e afinal de contas, esse é o dia de nosso casamento,não acha que estou com a razão?Sr Zé Moreira,na sua simplicidade,falou:”OCÊ TA CERTO ZÉ”, MAS EU SOU O PAI DELA,E MESMO ELA ESTANDO CASADA,EU AINDA MANDO UM PEDAÇO NELA,NÃO ACHA?O ZÉ MARIDO, RETRUCOU NA HORA: SE O SENHOR MANDA UM PEDAÇO, EU MANDO O RESTO.No entender dos dois, a coisa ficou bem resolvida,e o bailão continuou até o amanhecer.Más na região ficou o refrão pra sempre:.o Sr mando um pedaço então eu mando o resto e pronto......

sábado, 6 de junho de 2009

VOCE FOI QUEM DEU A RECEITA!

SEGUI O SEU CONSELHO 

 

 

 

 

 

Como sabemos, nosso querido pão era um tratador dos bons, com suas formulas de homeopatia. Mas acho que se aproveitava um pouco disso para levar algumas vantagens com algumas clientes, quando as achava bonitas ou atraentes. Tanto era verdade, que ele tinha em um quarto da fazenda o seu “consultório”,más só levava pra lá as mulheres bonitas para serem consultadas,nunca entrou uma  mulher feia ou um homem que estivessem doentes.Minha santa mãe,que era muito mais jovem do que ele, ele foi casado duas vezes,pois havia ficado viúvo do primeiro casamento ,nunca desconfiou ,ou fazia vista grossa para não brigar com ele.Numa dessas consultas,apareceu uma viúva novinha bonita,cujo marido havia morrido recentemente,e que morava bem perto de nossa fazenda,procurando por remédio,pois  não estava  se sentindo bem e precisava de um tratador,o que recomendaram meu pai.Segundo meus irmãos mais velhos,pois na época eu era ainda pequeno tinha uns 8/9 anos,meu pai cresceu os olhos pra cima da viuvinha e tratou logo de leva-la pro seu consultório.Mas como havia muitas pessoas na fazenda naquele domingo querendo consultas,segundo ela falou para outras pessoas,meu pai lhe disse que ela não tinha nada,e que estava precisando era de um HOMEM,pois em nossa fazenda em Alegria era muito nova e não podia ficar assim,sem um relacionamento.Más todos achavam que ele estava preparando o caminho para depois ir visita-la em sua casa,pois segundo sabemos ele era um tremendo “DOM JUAN naquelas bandas.Mas seu tiro saiu pela culatra,como se diz,pois como havia muitas pessoas na fazenda naquele dia,meu tio e padrinho MUGUEL LIMA, que era cunhado do meu pai,e também muito paquerador,sabendo da receita dada pelo pai à viuvinha,tão logo ela foi embora pra sua casa,ele pegou seu cavalo e foi embora,mas o caminho de sua casa passava na porta da mencionada viúva..Não deu outra,ele bom de papo,homem novo,bonitão,parou na casa da mulher e pediu água,e começou a jogar conversa pra cima da coitada,que indefesa e com conselhos para arrumar um HOMEM,dados pelo “medico”não perdeu tempo,topou na hora a cantada do meu padrinho.Sabe o que aconteceu? Eles ficaram escondendo o romance, pois meu padrinho dependia muito do meu pai,e tinha medo de represálias por parte dele,más como a mentira tem pernas curtas,a viuvinha engravidou-se e não teve como esconder mais o romance e nem  o nome do  pai da criança.Quando a bomba estourou meu pai,segundo contam ficou muito enciumado,e falou com o meu padrinho que ele foi muito covarde,aproveitando se, da coitada da viúva,pois ela não merecia aquilo tão rapidamente,pois ela teria que ter se casado novamente para ter um filho. Meu padrinho rindo falou com o meu querido pai.”DEIXA DE SER BOBO BASTIÃO,VOCE NÃO RECEITOU PRA ELA UM HOMEM? ENTÃO? FUI NA FRENTE E BEBI DA AGUA LIMPA.meu pai tratador não teve resposta,pois foi a receita sua.!

 

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CAVALO NOVO,MÁS AINDA NÃO ESTA MANSO


 

 

 

 

Esta estória, quem me contou foi o meu querido amigo e parente BASTIÃO GUSTIM, que também é um contador de causos,todos sempre muito engraçados.Disse me ele,que meu querido Pai, sempre foi muito trabalhador,gostava muito de festas e de estar sempre na crista da onda, lá  na alegria,onde morava,pois era fazendeiro,comprador de café e negociante dos bons e por isto era muito vaidoso.Ele tinha até um carimbo,que possuía os seguintes dizeres,”SEBASTIÃO MARQUES PEREIRA,comprador de café em alta escala”onde carimbava em todo papel que assinava. Porem,uma certa época,como ocorre até hoje,veio uma crise com a broca no café,que levou meu pai a lona,deixando-o quebradinho da silva,sem nada mesmo,teve que vender quase tudo que possuía, vacas,cavalos,tropas,carros de bois,só ficando com um pedaço de terra e os filhos.Más,mesmo assim, ele continuou “papudo”do mesmo jeito que era,e nunca falava que havia quebrado.Más,seus amigos,que  o conhecia muito bem,sabiam de tudo,sempre que surgia uma oportunidade de goza-lo,não perdiam tempo.Mas,segundo o bastião gustim, meu pai,sempre se antecipava,pois andava sempre preparado para sair das gozações,e se saia muito bem todas as vezes que eles tentaram.Certo dia,havia uma festa em alegria,e meu pai, não perdia esta festa,que era a festa do padroeiro.Eles também não tinham muita coisa não,eram também pobres,mas como meu pai gostava muito de aparecer,resolveram mais uma vez tentar .cortar seu barato,pois sabiam que ele iria chegar na festa,montado num burro velho,com arreamento velho e que alem de tudo, era emprestado por uma vizinho nosso.Ficaram a espreita numa venda do lugar esperando sua chegada,o que não demorou ,más quando eles (que eram mais de cinco)partiram para o receber,e fazer a gozação,meu pai mais que depressa falou alto e em bom som para todos ouvirem:DESCULPEM EU TER DEMORADO, VIM NESSE BURRO VÉIO QUE ANDA MUITO DEVEGAR, PORQUE COMPREI  UM POLTRO NOVO DE RAÇA, E O DANADO NÃO ME DEIXOU PEGAR, E SUBIU  PRO ALTO DO PASTO E NÃO TIVE COMO VIR NELE.,POIS ALEM DISSO AINDA NÃO ESTA MANSO DE SELA.segundo o “bastião” mais uma vez meu pai se saiu bem e continuou contando marra, ate que se arrumou de novo na vida ,sem nunca perder a pose.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

TOURO BRAVO QUE VIROU BICHA

Em nossa fazenda, vendíamos vacas leiteiras e touros reprodutores também. O FARÁO,era um touro “PO” holandês, muito bem criado,,pois tomava quando bezerro, mais de 20 litros de leite diariamente,  e por isso cresceu muito forte,e era muito respeitado pelos outros touros da fazenda.Se estava por perto, nenhum outro touro chegava.Em visita a nossa fazenda,um amigo de nome AILTON ,conhecido por Ailton da triunfante, pela sua loja de tecidos em Manhuaçu,resolveu me comprar um dos touros guzerá,que estavam a venda, combinamos o preço,e ficou acertado que seu caminhão iria buscar o touro dentro de uns poucos dias.Assim que o caminhão chegou para buscar o  touro,os funcionários da fazenda não estavam conseguindo colocar o touro dentro da carroceria do caminhão,pois o touro ficou estourado e muito bravo,apesar de estar no laço e bem seguro.Depois de muito insistência,e vendo que não conseguiam colocar o boi no caminhão, meu sobrinho Nilton.teve uma idéia genial. Soltar o FARÁO, pois com o medo que o touro vendido tinha dele, achava que o boi entraria rapidamente no carro. Más aconteceu o inusitado! O Faraó saiu de sua cocheira muito rapidamente, e pensando que o guzerá era uma vaca, subiu no coitado do touro como um raio, introduzindo seu pênis nos anus do boi, sem dó nem piedade, e o coitado do touro no laço, não teve outra saída, a não ser pular pra dentro da carroceria do caminhão, na maior pressa. Más, depois do acontecido o touro ficou meio encolhido e muito triste, más mesmo assim, foi levado para o seu novo destino. Passado um mês,mais ou menos,o AILTON,me procurou e me contou que o touro não estava dando bola para suas vacas,ao contrario, ate corria delas,e gostava mesmo era de ficar sozinho no alto do pasto,e não se misturava com o gado .Pediu-me para trocar o touro por outro ou aceitar sua devolução, suas vacas estavam no cio e sem coberturas, pois o boi não resolvia o problema delas.Mandei trocar o touro,e quando o mesmo chegou em nossa fazenda,vi,que era verdade a reclamação do Ailton,pois o touro só ficava separado do gado,e não chegava perto das vacas, nem mesmo quando elas estavam no cio.Certo domingo,eu e meus amigos e sobrinhos estávamos num campinho de futebol que havia na fazenda vendo um jogo do pessoal lá da região.O boi estava pastando atrás de um dos gols do campo,que como todo gol de roça não possuía rede .Meu sobrinho Joãozinho (que deus o tenha)me disse brincando! Tio,aquele touro virou bicha, ele não gosta de vaca nem no cio.O senhor pode vender ele pro corte, ou mandar fazer um churrasco dele, porque como reprodutor, ele não dá. Achei engraçado aquela conversa, porque não tinha falado com ninguém o que o Ailton me contara antes,a respeito do touro.Naquele momento houve um pênalti no jogo que estava acontecendo,e que seria cobrado no gol,do lado que o touro estava pastando,bem atrás.A pessoa que bateu o pênalti,chutou com tanta força que o goleiro,não viu nem a bola passar,tal a velocidade do chute.Como não havia rede,a bola foi direta bater no saco do boi (que já estava com fama de bicha) que imediatamente deu um berro meio divagar, que o entregou de vez, pois foi mais ou menos assim o seu berrado.MOOOON, E SÓ FALTOU BALANÇAR A MAÕZINHA COM UM TREJEITO DE BICHA MESMO.acabamos acreditando que o touro tinha mesmo  virado boiola. Foi uma festa,pois todos ficaram sabendo da proeza do “tourinho”..........

sábado, 30 de maio de 2009

VOCE NÃO TEM APELIDO NÃO?

Nosso saudoso pai, apesar de nunca ter freqüentado uma escola, foi sempre muito preocupado com a educação dos seus filhos. Como morávamos na roça e em  lugar sem  acesso de estrada de rodagem,era muito difícil naquela época arranjar professores para ensinar pois nossa fazenda,ficava muito distante da cidade,e também não existiam profissionais disponíveis. Então ele providenciou um professor meia boca, que era seu parente  que sabia  ler  e escrever  razoavelmente,mas tinha muito pouco conhecimento da língua portuguesa. Era o senhor Pedro Olimpio, que foi morar em nossa casa, para ser o professor de todos la na fazenda.E toda noite la estava o professor ensinando o beaba aos alunos.Como nossa fazenda pertencia ao município de simonésia  mg,meu pai foi ao prefeito e solicitou o registro da escola.Então o prefeito Sr Antonio de carvalho,que era amigo de meu pai, que era seu  eleitor o atendeu prontamente, mandando inclusive um inspetor para verificar as condições da escola.Quando o inspetor chegou,ele também tinha pouca leitura,mas era parente do prefeito, e após almoçar e conhecer as instalações,os alunos,o dito inspetor pediu ao nosso querido professor Pedro Olimpio que fizesse uma relação de todos os alunos e alunas que iriam freqüentar a escola,para que a prefeitura mandasse os livros e cadernos para os mesmos.Foi ai que a coisa ficou engraçada.O professor começou a perguntar o nome de cada menino e meninas e foi anotando tudo num caderno:.Como você chama?.respondia um aluno,Jose, e voce? antonio,e você,? Zé totó, Antonio Simeão, Alcenir,  Gustavo, Edson,Maria, João, Jessoy, Rita,Ana,Geralda,Geny,Maria Santa e assim foi anotando o nome de todos,até que no ultimo aluno  ficou evidente  a falta de preparo do nosso querido professor,quando perguntou a um aluno como se chamava, o rapaz respondeu WASINGTHON,ai o professor meio enrolado tornou a perguntar como é mesmo?,O aluno  confirmou WASINGTHON (UOCHITON)e o  professor, meio sem jeito falou baixinho, ô rapaz!, você não tem apelido não? Porque aquele nome, ele não sabia escrever.  O certo é que apesar de toda essas dificuldades engraçadas da época, nosso querido pai conseguiu nos dar boa instrução, mudando  com toda família para a cidade de Manhuaçu.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

PAGO COM O QUE TENHO NA FRENTE


 

 

Minha prima Titã (Djanira) é uma pessoa muito boa e foi casada durante muitos anos com o nosso amigo João Ludujero (João dogé),que já faleceu.Tiveram uma vida em comum de muitas lutas e dificuldades,más estavam sempre alegres e unidos.Tita, tem o hábito de falar muito,e tudo o que fala é muito bem explicado, pois faz questão de mencionar os mínimos detalhes de sua conversa,o que chega até e ser meio cansativo para quem a escuta.Eles moraram em uma propriedade minha durante uns 3 anos,e certa noite (eu sempre que podia ir dormir lá na casa em que eles moravam)cheguei quase 11 horas da noite,más eles estavam me esperando com um frango frito,prato que eu gosto muito.Más,notei que minha amiga Titã estava muito preocupada,e não demorou muito, ela me chamou num canto disse:Tuly, eu preciso que você chame a atenção do Doge,pois no meio destes apanhadores de café que chegaram nesta semana,veio uma negrinha muito assanhada e muito é uma biscate de primeira,e o Doge não sai de perto dela,até a noite ele sai pra encontrar com ela.Ele é meu marido e  esta muito diferente,e se eu descobrir alguma coisa entre os dois,eu corto e pescoço dele com um machado,quando ele estiver dormindo.Procurei o meu amigo Doge,e o falei da situação pra Ele,pedindo pra parar com a paquera,porque não iria dar certo,pois ele conhecia bem a mulher que tinha e das coisas que ela era capaz de fazer quando estava nervosa.Não foi a minha surpresa,quando Ele me respondeu.Não paro de jeito nenhum,pois imagina você,que pode ser a meia noite nesta escuridão daqui,quando eu agarro Ela no meio desta lavoura,eu vejo o sol brilhar igual uma luz e é Ela que esta me trazendo essa felicidade,morro,mas não largo dela.A solução que achei,foi levar a Neguinha pra sua casa,e pedir ao encarregado não  trazê-la mais na outra semana.Resolvida a questão,chamei minha amiga Titã e a convidei para irmos passear lá na fazenda de meu pai,que era pertinho.E ela foi falando que era  uma beleza,ficou satisfeita com a solução do problema do marido.No meio da estrada,morava um amigo nosso chamado  Matuzalem, apelidado de Zalém,que estava ordenhando uma vaquinha, perto de uma cerca na beira da estrada,e quando íamos passando, a Titã, pediu-me, pare um pouquinho que quero resolver um negocio que devo ao Zalem.Eu parei o carro e fui junto pra saudar o meu vizinho,Ele continuou de cócoras tirando o leite,quando a Titã,com um pano amarrado na cabeça,um vestido meio sujo e esquisito,descalça,disse-lhe: Zalem eu estou te devendo há bastante tempo e não arrumei o dinheiro ainda pra te pagar, como eu tenho lá em casa uma leitoa bem gorda,eu quero te vender ela pra acerta minha conta,porque você sabe, a gente não tendo o dinheiro,A GENTE PAGA COM O QUE TEM NA FRENTE,não é mesmo?O Zalem abaixado,tirando o leite,a Titã em pé de frente pra ele,propondo pagar com o que tinha na frente,Ele que era o gozador de primeira,olhou pro meu lado  e olhando no rumo das coxas da TITA, disse sorrindo:COM O QUE VOCE TEM NA FRENTE EU NÃO VOU RECEBER NÃO,más vou em sua casa amanhã resolver o nosso negócio.Meu amigo Zalém enjeitou uma proposta e tanto de nossa amiga Tita, não é verdade?..........................

quinta-feira, 28 de maio de 2009

TEM QUE DAR O "REDONDO" E NÃO PODE GRITAR.....

CEm 1960 ,iniciei minha dura carreira de bancário,aqui na nossa querida Manhuaçu. Após uns meses como contínuo, fui promovido a caixa,que por sinal era  um único caixa na agencia,pois o movimento naquela época era pequeno comparado   ao de hoje nos bancos.A agencia tinha 15 funcionários ,mas no contas correntes trabalha o saudoso Elias Temer neto.O gerente  senhor Farias,gente fina e o contador era o Sr Ary, rapaz de poucos amigos, e que não combinava com quase nenhum colega, pois era nervoso demais,más como era o contador da agencia era quem chefiava os funcionários.Nossa agencia só tinha dois telefones,um na gerencia e outro na contadoria. Sr. Farias era um cara liberal e o contador Ary era casca de ferida.Como o Sr FARIAS recebia ligações de clientes querendo saber o saldo em conta corrente por telefone, pedia ao Elias (O BAIXINHO) que ao invés de ir lá na gerencia levar o pedido por telefone, dava um grito dando o saldo.Más isso feria o sigilo bancário, pois todos os clientes que estivessem na agência ficariam sabendo o saldo em conta do cliente.Então como o Ary não falava com o sr FARIAS e era seu subordinado, chamou o  Elias e pediu-lhe que não gritasse mais o saldo de nenhum cliente, que o levasse a gerência quando solicitado pelo Sr FARIAS,o que o baixinho passou a fazer.Más seu FARIAS não gostou ,pois demorava para despachar o cliente.Não demorou Sr Giuseppe Espóstio ligou e queria saber o seu saldo com urgência,Sr FARIAS, gritou para o Elias,me fale o saldo do Giuseppe rápido, quando o Elias, coitado,acuado  com medo da represália do contador, disse,vou levar ai Sr Farias, porque  o Ary  não quer que eu grite, então me dá só o redondo pediu o Sr Farias, pois o cliente esta com pressa. Um dos clientes,JOSE TERRA,verdadeira mala,que estava no balcão, interveio e perguntou para o Elias,baixinho!.quanto você ganha pra trabalhar neste stress todo?.O Elias respondeu: Ganho um salário mínimo. Então o Zé Terra emendou.........VIDA DURA ESSA SUA HEIN BAIXINHO!,GANHA UM SALARIO MÍNIMO,O GERENTE QUER QUE VOCE DÊ O REDONDO, E AINDA NÃO PODE GRITAR..Foi  muito engraçado, o ELIAS respondeu: "to fóra"Zé Terra.