quinta-feira, 11 de junho de 2009

HOMEM CARAJOSO, NÃO SENTIA FRIO....

Todas as noites, os peões faziam uma fogueira grande, no terreiro de secar café em nossa fazenda, e ali ficavam ate tarde da noite, assando batata doce, no borrai, outros assando fruta pão, outros bebendo pinga, café com leite, enfim era uma festa., Más o melhor era os causos que contavam e as piadas que faziam com os colegas menos avisados.João Simeão era o peão mais velho e o mais engraçado de todos e era um gozador nato.Coitado do colega que caísse nas suas garras, tava frito.Como minhas irmãs eram novinhas,e havia também as professoras da fazenda,os peões ficavam doidinhos pra namorar com alguma delas, principalmente as filhas do patrão,eram as mais paqueradas, pois meu pai tinha fama de ser rico.Antonio Raposa era um dos peões que sofria nas mãos do João Simeão,pois este sabia da paixão que ele sentia por minha irmã Geny, que era mesmo, uma linda mocinha,más não tinha nenhuma atração pelo o Antonio. Simeão, como sempre, pegou o Antonio pra pato, e dizia-se sabedor de tudo que as meninas falavam a respeito dos peões. Colocou na cabeça do Antonio, que se ele mostrasse, pro meu pai,que tinha condições de ser o capataz da fazenda, que fazia qualquer serviço,por mais pesado que fosse, Ele iria ajudar Ele, a conquistar a sua paixão, minha irmã Geny. Dito e feito, o coitado do Antonio acreditou na conversa, e ai, começou o seu martírio. Simeão começou a jogar pra cima do Antonio, todo serviço pesado, que lhe era passado pelo meu saudoso Pai. O Primeiro foi derrubar a cobertura de uma tulha, e velha que existia na fazenda. O serviço, gastaria no mínimo uns 4 dias para ser feito,más Simeão falou pro Antonio,que se Ele,trabalhasse durante as noites também,faria o serviço muito rápido e iria agradar muito meu Pai.A noite mais ou menos lá pelas 10 horas, começou um barulho danado no terreiro,e meu pai assustado, foi verificar,e encontrou o coitado do Antonio no alto da tulha, mandando ver no serviço,e Ele já tinha derrubado quase a metade da tulha.Meu Pai,pediu pra Ele parar pois estava atrapalhando as pessoas dormirem.Não deu 5 horas da manhã e lá estava novamente o Antonio duro na queda, derrubando as taboinhas da tulha.O trabalho foi feito em dois dias.Não bastasse o acontecido,Simeão,combinou com outros peões mais uma pegadinha. A nossa região era muito fria, principalmente a noite, e quase todos os peões não tinham nenhum agasalho, e por isso faziam a fogueira a para se aquecerem, e foi ai que o coitado do Antonio quase foi a óbito,pois João Simeão lhe disse,que caso Ele entrasse em uma represa, que havia perto do terreiro, e nadasse um pouco,minha irmã iria ficar mais apaixonada ainda,pois ai, iria ter certeza que aquele era um homem diferente dos demais, tanto na força como na coragem,pois todos iriam ver, que Ele não sentia, os efeitos do frio que fazia naquela noite.Antonio achando que aquela seria sua cartada final para a conquista, começou a abrir os botões da pobre camisa que vestia,e com o peito aberto, dizia, realmente eu não sinto frio mesmo,sou um homem diferente,e vou mostrar a vocês que sou capaz de entrar naquela lagoa e nadar .A turma de peões o rodeou e fizeram cara de que não acreditavam ,quando o simplório do Antonio saiu em disparada e pulou na parte mais funda da lagoa,e ficou dando umas braçadas,que foram diminuindo rapidamente, quando então, notaram que Ele havia era desmaiado de tanto frio, e o retiraram d’água. O colocaram sobre umas toras que estavam por perto, deram lhe uma cachaça, o enrolando numas cobertas, pois o coitado tremia mais que vara verde.O pior,foi que o Antonio, continuou acreditando no Simeão,e ainda rachou muita lenha de jacaré com nó e tudo, nas noite frias do lugar, tentando mostrar que era realmente o príncipe encantado que minha irmã esperava. Não deu certo, minha irmã não queria nada mesmo com Ele.

Um comentário:

  1. Tio,

    Brigaduuuu mesmooo!!!.
    So voce pra nos passar isso!.

    Bjs e fique com Deus!.

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Muito obrigado, espero que tenha se divertido.