terça-feira, 9 de junho de 2009

NÃO CONVERSO COM ELA HA MAIS DE 20 ANOS


Certa noite, voltando da fazenda, Eu e meu sobrinho Nilton, nos deparamos com uma situação inusitada. A estrada era péssima, e quando chovia então, era quase intransitável. E foi num dia de chuva que tudo aconteceu. Nós estávamos numa Brasília velha, e toda poça de água que havia no meio do caminho o carro agarrava e tínhamos que o empurra, para sair do atoleiro. Más, num certo trecho da estrada, o carro empacou no barro, e não houve jeito de retirá-lo. Como era noite, ficamos tentando uma solução. Como estávamos perto de uma cerca, falei pro Nilton, vê se arranca um moerão desses, para nós tentarmos alavancarmos a traseira do carro e tentar sair desse lugar. Nilton, me falou rindo, tenta você, porque esse lugar aqui é assombrado desde que o antigo proprietário dessas terras morreu. Eu acredito nessas coisas, não vou mexer, pois segundo a lenda,se a gente pegar alguma coisa da propriedade o homem que já morreu, engrossa. Dei uma risada, e ainda falei: você deve estar é com preguiça de arrancar o toco da cerca, e fica inventando coisas, deixa que eu vou tentar. Quando encostei as mãos no moerão, começou uma ventania perto da cerca que não dava pra entender, pois no restante das terras não tinha nenhum vento, e um barulho, como se estivesse descendo uma boiada,más não havia nenhum boi no lugar. Parei, pois fiquei todo arrepiado de medo, quando olhando pra traz, me apareceu, sem mais nem menos., um homem grande com um chapéu enorme e foi falando: Entra no carro, que vou ajudar vocês a sair.O carro saiu como se nada tivesse ocorrido.Parei o carro e desci para agradecer o homem que nos ajudou, quando percebi que não havia ninguém por perto,o homem sumiu.Ficamos meio atônitos com o acontecido, e resolvemos chamar o morador de um casebre que existia bem perto do local.Depois de quase meia hora, o morador apareceu meio desconfiado,más quando nos viu se acalmou, pois viu que estava com gente conhecida.Falamos pra ele do acontecido,e ele ratificou, que sempre aparecia aquele homem, quando mexiam nas coisas do antigo dono das terras.Conformados, pedimos ao nosso amigo Agostinho esse era seu nome, que se fosse possível arranjar um café pra nós, porque já estávamos ali há mais de duas horas e o tempo estava muito frio. Ele argumentou que não era possível, porque sua esposa já estava dormindo, e ele não iria acorda- la, pois há mais de 20 anos que eles não conversavam. O Nilton, vendo um menino de mais ou menos 10 anos chamando Agostinho de pai falou: Como você esta á 20 anos de mal com sua esposa se vocês têm este menino de mais ou menos 10 anos?Ai, que foi engraçado e descontraiu o nosso medo. AGOSTINHO NA MAIOR CARA DE PAU RESPONDEU: Nós temos um sinal, quando eu quero ficar com ela, eu dou um assovio, se ela responder do mesmo jeito, ela abre a porta do quarto e a gente então transa.Ta bom Agostinho.boa noite pro senhor e até outra oportunidade.Só nos restou ir embora pro Santana e tomar o café, lá na casa do meu cunhado e pai do Nillton.Olhem, essa estória é verídica, não é caso de pescador não, pois eu nunca gostei de pescar.

4 comentários:

  1. Tio, eu ri tanto dessa historia, que voce nao acredita, eu queria era ver a cara de voces naquele lugar e nessa situacao!, kkkk.
    E que mao de vaca esse Agostinho hein!?
    Nossa ta pra nascer gente assim.
    Obrigado pelas historia!.

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  2. Tio, quando leio seus causos fico imaginando a cara desse povo, o jeito deles falando e principalmente dos seus sobrinhos. Porque nós conhecemos os personagens e isto dá muito mais graça. Mas é só o pai mesmo pra questionar algo tão íntimo, hein???? é a cara de vocês...!rsrsrs

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  3. Oi Getulio,talvez nao se lembra de min,mas sou filha do Eduardo Euzebio.Olha fiquei muito feliz de ler suas historias,e muito interessante,e eu tenho certeza que sao reais.Grande abraco.Custodia.

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  4. Seus casos são muito engraçados e, seu jeito de escrever transporta a gente pra dentro da historia. Nesse caso fiquei foi com medo.

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Muito obrigado, espero que tenha se divertido.